O Daca (Diretório Acadêmico Christiano Altenfelder), que representa os estudantes de Medicina da Famema, e o Sindicato dos Servidores Municipais de Marília divulgaram nesta quarta-feira uma carta em apoio à greve dos trabalhadores da instituição, que entrou no terceiro dia.
O Sindicato dos Servidores distribuiu nota em que acusa o governo estadual de “desmonte da saúde pública e da educação precarizando as condições de trabalho e de renda dos trabalhadores destas áreas”.
Para o Sindicato, o tratamento dado aos dois setores tem “o claro objetivo de assentar terreno para seu projeto de privatização e terceirização dos serviços públicos.”
A entidade encerra a nota com convite para que servidores e a população participem da passeata dos grevistas marcada para esta quinta.
A passeata deve sair de frente ao HC às 8h30 em direção ao Terminal Urbano. O dirigente do Sindicato dos Trabalhadores na Saúde, Aristeu Carriel, pediu apoio da comunidade e de outros sindicatos para dar mais força e visibilidade ao protesto.
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Em uma carta aberta à comunidade divulgada em redes sociais, os estudantes fazem uma longa explicação sobre o direito de greve e dizem que “reconhecendo-nos como futuros trabalhadores do país, o Diretório Acadêmico Christiano Altenfelder se manifesta a favor da greve. Toda força aos trabalhadores!”.
O documento faz um histórico das crises na instituição, lembra a greve de 2013 – quando até residentes paralisaram atividades – e a falta de contraproposta após impasse nas negociações.
Também cita a recente denúncia judicial contra comissionados e lembra as investigações da Operação esculápio, que desde 2015 investiga licitações do Complexo Famema. E condena a condição de baixos salários e subfinanciamento do complexo.
“É inadmissível a negligência com que esse assunto tem sido tradado diante da importância desses trabalhadores para o atendimento de cerca de 1.200.000 pessoas que compõem os 62 municípios da área de abrangência do Departamento Regional de Saúde IX (DRS-IX).”
