Marília

GREVE DA PREFEITURA - Um mês após acordo ruim, sindicato critica compensação

Assembleia tumultuada aprovou fim da greve e acordo sem definir compensação de horas
Assembleia tumultuada aprovou fim da greve e acordo sem definir compensação de horas

Um mês depois de fechar um péssimo acordo para encerrar a greve de 35 dias nos serviços municipais, o Sindicato dos Servidores de Marília divulgou nota em que critica o modelo de reposição dos dias parados e defende a compensação por banco de horas e licença-prêmio.

O modelo defendido pela entidade não foi incluído no acordo, fechado em uma reunião à noite sem qualquer divulgação e aprovado em uma tumultuada assembleia da categoria.

Ainda assim, o método foi adotado pela prefeitura para alguns dos grevistas, apenas os que aceitaram uma convocação e voltaram ao trabalho no final de maio. O resto foi “condenado” pela administração a trabalhar em férias, sábados, domingos e feriados.

“NÃO SERIA MAIS INTELIGENTE TER DADO A OPORTUNIDADE AOS SERVIDORES COMPENSAREM COM HORAS EM HAVER E LICENÇA-PRÊMIO E ASSIM ESTAR REALMENTE FAZENDO ECONOMIA? Quanta ignorância!!!!!!”, diz o sindicato em sua publicação nas redes sociais.

Mas a ideia inteligente de agora demorou a aparecer e não constou do acordo firmado na noite pelo sindicato e pela Federação de Sindicatos com a prefeitura. O acordo foi homologado na Justiça e deu origem a duas instruções normativas para regulamentar a reposição das horas paradas.

O  Sindicato foi à Justiça para dar tratamento igual e todos. E conseguiu: a prefeitura cancelou a compensação de horas e mesmo quem retornou em 29 de maio terá de repor nos finais de semana.

A própria prefeitura divulgou a decisão judicial em que foi obrigada a mudar o sistema de compensação e a assessoria de imprensa da administração até distribuiu foto do comando de greve para mostrar que o fim da compensação era resultado de ação do sindicato.

A nova mensagem do sindicato foi uma das respostas públicas da entidade. O ataque foi a terceira mensagem, divulgada em período de três horas com ataques à prefeitura, ao prefeito Vinícius Camarinha e à Secretaria da Educação.

O Sindicato diz ainda nas publicações que a greve de 35 dias terminou com conquista dos trabalhadores por causa do que considera um desgaste político  do prefeito. “Não atingimos o reajuste no índice reivindicado, porém o movimento foi o pontapé inicial para romper com um governo que desrespeita o servidor. A greve dos servidores municipais deixou uma herança de consciência de luta pelos direitos e melhores condições de trabalho”, diz o sindicato.

As notas divulgadas pelo sindicato podem ser vistas na página da entidade no Facebook AQUI