Guantanamera

Guantanamera bem que poderia ser o hino nacional de Cuba. Confesso que não conheço o hino, mas não há um que não escute Guantanamera imortalizada na voz de Célia Cruz e não se lembre da velha ilha e também do muito velho Fidel Castro. O último “astro” vivo das Revoluções Socialistas que tentaram se espalhar pelo mundo afora, porém, sem sucesso.

Célia Cruz foi quem melhor demonstrava o carinho e amor pela ilha e pelos cubanos, principalmente nos shows que fazia pelos EUA. EUA aliás, que nesta semana reabriu a embaixada cubana em Washington após 54 anos. É um novo recomeço para ambos os países mais principalmente, para Cuba que depois do fim do embargo econômico poderá se desenvolver e dar uma vida mais moderna aos seus moradores.

Andy García e Gloria Estefan são outros cubanos ilustres. Embora anticastristas, também sempre demonstraram admiração pela ilha e pelos cubanos que lá ficaram e demonstram muito mais ajudando a todos que de lá tentaram e conseguiram fugir. Andy García migrou com os pais para os EUA em 1961, após o regime do Fidel começar a estatizar tudo o que era empresa, comércio ou mesmo bens dos americanos que vivam por lá. Com Gloria Estefan foi ainda pior, teve que se mudar para os EUA porque seu pai era guarda-costas de Fulgencio Batista, presidente deposto pelo Fidel Castro.

O filme Buena Vista Social Club retratou muito bem o cotidiano dos cubanos em volta com a falta de desenvolvimento. Com seus prédios com teor de abandonados, com carros americanos dos anos 50 caindo aos pedaços realmente mostrando que o país parou no tempo. Outro filme: A História de Arturo Sandoval (excelente trompetista cubano), “fornece uma representação dura de Cuba revolucionária, o seu estilo de vida fora de moda, e as restrições impostas a seu povo. Ele transmite ao mundo a realidade feia da experiência cubana, e a conquista da liberdade”.

O que esperamos após essa real aproximação de Cuba com os EUA e com o fim do embargo econômico, a devolução do território de Guantánamo aos cubanos que Cuba renasça novamente e não viva apenas das músicas, sonhos e esperanças.