Marília

HC restringe atendimento nesta sexta; falta estrutura para atender nas cidades

HC restringe atendimento nesta sexta; falta estrutura para atender nas cidades

O Hospital de Clínicas de Marília implanta a partir das 7h desta sexta-feira (24) o novo modelo de atendimento que vai restringir o volume de consultas, internações e procedimentos para os casos da chamada baixa complexidade.

Estes pacientes precisam ser absorvidos pelas unidades municipais das 62 cidades atendidas pelo hospital e devem trombar com fata de estrutura, de pessoal, de remédios e equipamentos em todas as cidades, incluindo Marília.

A Prefeitura de Marília pediu – e ainda não conseguiu – adiamento da medida (leia abaixo).

A medida é forma de conter gastos no hospital e também de ajustar o sistema de saúde e tirar dos hospitais os casos considerados simples, como febres comuns, casos de inalação, atendimento rápido para injeções e outros que não envolvem emergência.

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Segundo o Hospital, o complexo atende hoje 30% mais do que deveria, com geração de custos que nem sempre são totalmente cobertos e sobrecarga dos serviços e espaço. O HC espera tornar mais ágil e confortável atendimento aos casos de média e alta complexidade.

Para conseguir atendimento no hospital o paciente deverá ser encaminhado por sérvios referenciados. Ou seja, levado por ambulâncias do Samu e Resgate ou encaminhados pelas secretarias municipais de saúde após atendimento na rede básica.

Pacientes que chegam direto ao hospital levados por familiares e amigos ou mesmo em micro-ônibus e vans de outras cidades sem encaminhamento correto não serão mais atendidos. A medida já vem sendo adotada de forma gradativa no hospital Materno Infantil há alguns meses. Na sexta-feira passada tornou-se definitiva naquele hospital e nesta sexta entra em vigor no HC.

Uma das situações mais graves deve ser do atendimento na madrugada, especialmente casos de pediatria. Após 1h, qualquer paciente que não seja emergência ou urgência terá de ser atendido no PA do Santa Antonieta, que deve receber grande público.

ADIAMENTO

Divulgação

Vinícius Camarinha e secretário Luiz Takano (dir), pediram adiamento da medida

O prefeito Vinícius Camarinha (PSB) esteve quarta-feira na Secretaria Municipal de Saúde em São Paulo para pedir o adiamento da mudança. Levou carta assinada por prefeitos da região em que pedem mais tempo para os ajustes.

Em nota distribuída pela diretoria de comunicação da prefeitura o secretário da Saúde, Luiz Takano, admitiu que o município já sabia que haveria a mudança, embora não soubesse a data e esperava que fosse demorar mais.

A ideia da administração é conseguir prazo até conseguir estrutura para ampliar o atendimento no PA da Zona Sul, que atende das 7h à 1h e precisa de mais servidores para implantar o turno que falta.

A cidade promete construir ainda uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) com estrutura de mini-hospital, que deve ser construída na zona norte. Mas enquanto nada disso acontece os novos pacientes vão engrossar a espera nos postos de atendimento existentes.

“Estamos preparando a adaptação da estrutura de atendimento na rede municipal, começando pelas unidades de saúde. A grande demanda de pessoas por causa da dengue reforçou essa prática. Houve um treinamento nas unidades de saúde para agilizar o atendimento para a constatação do quadro do paciente. Os médicos serão ágeis e o que for considerado emergência terá o imediato encaminhamento para um dos dois hospitais”, disse o secretário Luiz Takano.