Marília

Hobbie vira sebo virtual em Marília com negócios e e incentivo à leitura

“Cafofo do José”, a biblioteca pessoal que cresceu a ponto de virar sebo – Reprodução
“Cafofo do José”, a biblioteca pessoal que cresceu a ponto de virar sebo – Reprodução

Era um hobbie. Cresceu, virou um ‘cafofo’ e agora um sebo virtual, com seguidores e ações de venda, trocas e relações com incentivo à leitura na cidade e em todo o país. E tudo começou na casa do auditor do Trabalho e colecionador de livros José Luiz Queiroz em Marília.

A paixão por livros é antiga. Ele sempre teve grande quantidade – e diversidade – o que permitiu formar uma significativa biblioteca pessoal. Aí chegaram também revistas, publicações especiais, colecionáveis.

“Brinco que montar o cafofo foi uma forma de preservar o meu casamento, pois a minha esposa não aguentava mais ver eu entrar com sacolas de livros em casa. Estavam na cozinha, sala, quartos…Não mudou muito hoje, mas pelo menos ela me vê vendendo livros também, não só acumulando”, conta.

O sebo é gerido a partir de um cômodo quarto de casa e em três meses de organização como sebo tem 400 livros cadastrados no site estante virtual, além de vendas direta pelo Instagram.

“A ideia é ampliar o acervo para 3.000 livros, a maior parte deles da minha biblioteca pessoal. Nas minhas horas de folga, faço as fotos, cadastro os livros, garimpo novidades em leilões e faço os despachos. No fundo ainda é uma diversão, pois movimenta um valor financeiro muito baixo”.

A biblioteca particular de José Luiz tem cerca de 6 mil livros. A ideia é ficar com – no máximo – 2.000 livros e colocar o restante à venda, além de doar para bibliotecas de escolas ou pessoas que gostem de ler e não têm condições para comprar.

O @cafofodojose está aberto a interações. Quem tiver livros antigos/usados em casa e quiser vender, é só avisar pelo Instagram ou em mensagem pelo Whatsapp para (14) 99134-1646 ou pelo email [email protected].

“Eu recebo também contatos de pessoas que precisam se desfazer de livros pois se mudará para um lugar menor ou porque a família vai aumentar. Eu avalio e busco o livros”, explica.

Mas como envolve o espaço físico de acervo, não dá para trabalhar com toda linha de livros e não são aceitos didáticos ou datados, como os antigos de direito, contabilidade ou informática.