Marília

Hoje é dia de luta! Em defesa da educação pública e da aposentadoria.

Hoje é dia de luta! Em defesa da educação pública e da aposentadoria.

O Brasil está vivendo golpes sucessivos que fazem parte do grande golpe de 1964. No final dos anos 1970 muitos movimentos sociais saíram às ruas para lutar pela redemocratização do país. Tomamos um “olé” nas “indiretas já”. Poucos anos depois, em 1989, novamente um novo golpe, com a entrada em cena da Rede Globo, para impedir a vitória de Lula.

Depois de alguns anos de aparente calmaria na nossa frágil e restrita democracia, ela teve que ser novamente suspensa em 2016, mais um golpe dentro do golpe, e em 2018, outro golpe disfarçado ao jogar Lula para fora do ringue, e – pasmem – a convocação de eleições “democráticas”.  

Como no momento 1964-68, tudo indica que o presidente da ex-república brasileira, uma rara espécie de metralhadora de atrocidades, terá que endurecer suas ações para sustentar as políticas ultraliberais que quer implementar. Terá que aumentar a tirania, como nos lembrou o professor Paulo Arantes essa semana.

Um dos alvos de endurecimento é a Universidade Pública. Sairemos às ruas neste dia 13 de agosto em defesa da educação pública, em defesa da aposentadoria, contra o Future-se (apelidado de “Fature-se”). No plano estadual, USP, UNESP e UNICAMP já implementaram à sua moda nos últimos anos ações similares as do “Fature-se”. Aqui as Universidades são atacadas através de CPIs que só servem para bloquear uma real necessidade de investimentos nas universidades públicas. E como o decorrer do tempo aumenta a nossa tragédia: faltam professores, funcionários e bolsas para alunos carentes.

Sairemos às ruas porque está em jogo o bloqueio à entrega dos nossos recursos naturais, estratégicos na nova geopolítica. Está em jogo a anexação do país como protetorado dos EUA. Está em jogo a criação de uma aposentadoria digna para a classe trabalhadora. Está em jogo o futuro de jovens que serão mantidos na ignorância pelas nossas classes proprietárias, à medida que estas impedem o investimento dos fundos públicos em educação pública, como nos lembrava Florestan Fernandes. São tempos de luta, não poderemos assistir de camarote ao desmanche total do país! Todos às ruas.