O oftalmologista Osvaldo Doreto Campanari, 88 anos, acrescentou mais uma conquista a um currículo diferenciado e único na cidade.
Ex-vereador, ex-deputado estadual e ex-deputado federal Constituinte, Doreto recebeu na noite desta sexta a medalha Marília de Dirceu na Câmara e reuniu diferentes gerações e linhas políticas no reconhecimento.
Fez justiça a essa e a qualquer homenagem que receba e até por isso atrai respeito das jovens e tradicionais lideranças políticas, empresários e pensadores da cidade.
Nascido em Marília em 1930, Doreto cursou medicina na Federal do Paraná, onde revelou a paixão pela vida pública na atuação como representante dos estudantes.
De volta à cidade, aliou seu trabalho como médico à defesa de causas e comunidades. Enfrentou a ditadura, foi vereador e depois candidato em campanhas contra a máquina do governo. E com votações expressivas.
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Chegou à Câmara dos deputados e participou da elaboração da Constituição de 88, a Constituição Cidadã. Na homenagem de ontem mostrou que não perdeu o fôlego político.
Em um breve discurso, agradeceu muito pela homenagem, disse que trabalhou na Constituinte para evitar retrocessos e garantir direitos fundamentais. Mas alertou: o país poderia ter avançado mais com as bases que a Constituição deu. “Faltou regulamentação para muitas conquistas”, disse Doreto.
Uma videobiografia produzida pela TV Câmara uniu informações históricas e emocionantes. Mostrou momentos com modo de fazer política que já não existe.
Casado com Ester, o ex-deputado teve cinco filhos – José Ivan, Osvaldo Doreto Filho, João Doreto, Simone – falecida de forma precoce em 2016 – e Josanne.
Ao final, convidou os presentes para uma comemoração que resgatou outra de suas tradições: grandes encontros no jardim de sua casa no bairro Salgado Filho. As diferentes gerações, os políticos das linhas mais diversificadas, carimbaram presença.
