Marília

Horas antes de ordem judicial, governador previa um ano para resolver riscos no CDHU

Horas antes de ordem judicial, governador previa um ano para resolver riscos no CDHU

Poucas horas antes de o Tribunal de Justiça determinar a desocupação dos prédios da CDHU na zona sul de Marília, o governador Tarcísio de Freitas, que estava em visita à cidade, anunciou previsão mínima de um ano sobre o caso e esquivou o governo de responsabilidades. 

Tarcísio veio a Marília para a entrega de trecho da duplicação da rodovia SP-333 até Assis. O caso já era tema por pedidos repetidos de desocupação e uma audiência de urgência marcada para esta terça.

Repetiiu a previsão de remoção com demolição dos apartamentos em condições mais críticas, que já havia sido apresentada há alguns meses.

Ele apontou a necessidade de um cadastro de famílias – já feito pela prefeitura – definição de área para construção, realocação e outros passos. E previu um ano no mínimo, apesar de os relatórios e laudos no processo apontarem urgência.

“Teremos que cadastrar as famílias, viabilizar o terreno, construir, tirar as pessoas das habitações e, nisso, obviamente haverá um grande trabalho da Assistência Social. Temos que checar a questão do aluguel social com a Prefeitura. Isso não levará menos de um ano”, disse em material oficial divulgado pela prefeitura.

A ordem judicial para desocupar os prédios aponta informações recentes como laudo do Ministério Público. O conjunto teve ainda queda de bloco de concreto e outras situações de risco no local.

“A primeira coisa que temos que levar em consideração é que a responsabilidade não é nossa. Isso precisa ficar bem claro: esses prédios foram entregues há 25 anos”, disse o governador. A ação judicial que provocou a ordem de desocupação investiga falhas na construção.

“Vejam: o governo do Estado entrega o prédio, a partir daí a gestão é dos proprietários, não é mais do governo do Estado. Seria um absurdo achar que o Governo do Estado de São Paulo tem que ser responsável, eternamente, por todas as habitações que são entregues no Estado de São Paulo”, disse Tarcísio.

O governador afirmou ainda que alguns prédios foram vandalizados por moradores e que isso teria ameaçado as estruturas. E afirmou que todo processo seria desenvolvido com participação da prefeitura.

Neste ponto a Justiça concorda. A ordem judicial prevê que o município acomode as famílias até solução.