A primeira fase do Hospital Oncológico Unimar já está concluída e mostra a base de uma estrutura que deve alterar o atendimento a pacientes com câncer para Marília e toda a região, inclusive com novos espaços de quimioterapia e radioterapia. Os seis pavimentos do prédio foram todos estruturados em pré-moldados, já contando com escadas para acesso aos andares.
A superintendente da ABHU (Associação Beneficente Hospital Universitário), Márcia Mesquita Serva Reis ressaltou que o sonho de ter um hospital oncológico para atender Marília e região começa a ser realizado.
“Com certeza a gente vê aqui o sonho se concretizando. Os desafios são imensos e o que estamos preparando é algo muito sério para Marília, que envolve não só gestão de tecnologia, de prédio novo, mas também gestão de pessoas”, disse.
Segundo ela, enquanto é estruturada a edificação, o hospital desenvolve o plano diretor que vai prever como as pessoas serão atendidas no complexo. O Hospital Oncológico vai receber o setor de quimioterapia que já é feito no HBU, mas de forma ampliada, para atender mais pessoas, praticamente dobrando a capacidade atual.
“Vai ser um espaço mais arborizado, que dê mais conforto para o paciente”. Também vai funcionar no novo prédio a radioterapia, que hoje enfrenta uma limitação em Marília, especialmente pelos entraves para reparos toda vez que os equipamentos enfrentam problemas..
“Vamos implantar aqui uma nova UTI (Unidade de Tratamento Intensivo), focada de fato no tratamento dos pacientes oncológicos. Vai ser uma UTI que a gente possa permitir o acompanhante do paciente em seu interior. Nós vamos focar ainda em leitos voltados para aqueles pacientes que passam maior tempo no hospital. Vai ser uma estrutura pensada e voltada ao paciente oncológico”, observou.
O novo edifício está sendo chamado de “quarta torre” do Hospital Beneficente Unimar e deve ser integrado à estrutura de atendimento já existente. “Nós estamos trabalhando para que seja um processo humanizado e integrado, para que possamos garantir a qualidade de assistência. O diferencial para nós é trazer um atendimento um pouco mais intimista. Hoje a gente vê muita gente de Marília e da região tendo de ir para outras cidades, outras regiões.”
Márcia afirmou que isso dificulta o tratamento dos pacientes e traz muitas dificuldades às famílias. “A ideia é trazer a tecnologia que hoje tem nos grandes centros, com o diferencial que no Hospital Beneficente Unimar já vem trabalhando ao longo dos anos, que é o tratamento humanizado, focado nas pessoas.”
TECNOLOGIA E ATENÇÃO
Márcio Mesquita Serva, reitor da Unimar, destaca evolução da estrutura com foco na qualidade de atendimento
O reitor da Unimar (Universidade de Marília), Márcio Mesquita Serva, destacou que a conclusão dessa fase é apenas o primeiro passo para atender as necessidades de saúde de pacientes de Marília e região que tinham que se deslocar da cidade para ter um atendimento qualificado. Há uma dificuldade muito grande com relação aos equipamentos, que não existem prontos e precisam ser encomendados fora do país”, destacou.
Márcio Serva disse ainda que os demais hospitais da cidade cumprem seu papel, mas não conseguem atender a demanda de acadêmicos que precisam fazer seus estágios nas unidades hospitalares.
“Por meio da Unimar e do hospital ele terá seu ciclo de ensino completo, onde ele poderá estudar e trabalhar na área de especialidade que escolher para isso”, apontou.
Para o reitor, Marília cresceu bastante na área da saúde, da educação e ainda tem mais espaço para desenvolvimento. “Quando falamos em educação e saúde, não nos referimos somente a estrutura que temos aqui. Falamos sobre o que acrescenta para a comunidade de Marília e região. Dessa forma, eu acredito que o hospital vai ser muito bom para nossa comunidade”, finalizou.