O administrador de empresas e ex-deputado Walter Ihoshi (PSD) não é candidato a nada neste ano. Ainda assim vai fazer uma romaria política por pelo menos 50 cidades da região – além de outros municípios do Estado – para incentivar candidatos, ampliar seu partido, e reforçar base para 2017, quando prevê iniciar novo mandato na Câmara dos Deputados.
Ihoshi apresentou seu programa de trabalho para o ano em encontro com jornalistas no final de semana em Marília, antes de viajar a pelo menos três cidades na região de Assis. As visitas tratam de pedidos novos e de divulgar obras e repasses conseguidos com apoio do deputado no curto mandato de 2015.
Ihoshi ocupou mandato entre fevereiro e setembro como suplente do ex-ministro Edinho Araújo (PMDB). Nas contas do ex-deputado emplacou alguns milhões de repasses para infraestrutura (abastecimento de água e asfalto) e saúde em Marília, além de repasses menores a outros municípios.
“Muitas prefeituras na ganharam repasses de custeio que ajudaram a manter salários e serviços essenciais, inclusive algumas só conseguiram pagar 13º em função destes repasses”, diz Ihoshi.
Mas 2016 será ano sem emendas. Ihoshi precisa conseguir abrir portas em Brasília para continuar ajudando cidades a ter repasses. Projeta ganhar mandato novamente em 2017, com afastamento de dpeutados eleitos prefeitos ou nomeados secretários e gestores de empresas em grandes cidades.
Até lá pretende viajar muito, ajudar o partido a crescer e chegar ao final do ano com mais prefeitos e vereadores. Em Marília projeto pelo menos um vereador a mais – tem um, Marcos Rezende, vice-presidente da Câmara – e anuncia apoio à reeleição do prefeito Vinícius Camarinha, independente de indicar candidato a vice, ampliar participação de mulheres e atrair novas lideranças comunitárias.
A programação de Ihoshi, como a negociação de todos os partidos, deve ganhar força nos próximos dias, quando será promulgada PEC com validade de 30 dias para janela de filiação. Ou seja, políticos em todo o país – prefeitos e vereadores – também – vão poder trocar de partido sem cair na regra de fidelidade e sem perderem mandatos.
Nas contas de Ihoshi, o PT deve perder filiados. O PSD, do ministro Gilberto Kassab (Cidades), deve ganhar. Ihoshi deixa ao vereador Marcos Rezende, presidente do diretório do PSD na cidade, a divulgação sobre detalhes locais da organização.
Mesmo sem o mandato em 2016 o ex-deputado pretende manter contatos em Brasília. Usa possibilidade de acesso a Kassab e aproveita seu roteiro de visitas para criar uma base forte que ajuda a abrir as portas para reivindicar repasses e obras.
Assim, Ihoshi e seu PSD trabalham agora de olho em pelo menos duas eleições, a deste ano e a de 2018. O crescimento, a base eleitoral e política e a popularidade que conseguirem até lá dita o ritmo para as próximas disputas.