Marília

Impasse leva greve dos bancários ao 30° dia

Impasse leva greve dos bancários ao 30° dia

A greve dos bancários em Marília chega ao 30° dia nesta quarta-feira (05) sem previsão de nova discussão salarial com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos). A duração do movimento se iguala à paralisação deflagrada em 2004. A greve mais duradoura que se tem notícia ocorreu em 1951: 69 dias.

Em Marília, segundo dados do sindicato a adesão ao movimento atinge 80% dos 400 funcionários de 37 agências bancárias, que operam através de caixas eletrônicos para depósitos, pagamentos e retiradas de dinheiro. Na região composta por 15 cidades da base sindical são 1.080 trabalhadores distribuídos em 75 agências.

O último encontro entre representantes dos bancários e a Fenaban realizada semana passada, em São Paulo, terminou em impasse. Os bancários seguem irredutíveis e querem proposta melhor por parte dos bancos. 

O sindicato da categoria reivindica reajuste de 14,62%, sendo 9,62% de reposição da inflação mais 5% de aumento real, além da valorização do piso salarial – no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3.940,24 em junho) -, PLR de três salários mais R$ 8.317,90, além de outras reivindicações, como melhores condições de trabalho.

A Fenaban ofereceu abono para R$ 3,5 mil, com mais 7% de reajuste, extensivo aos benefícios. Também propôs que a convenção coletiva dure dois anos, com garantia, para 2017, de reajuste pela inflação acumulada e mais 0,5% de aumento real.

A categoria já havia rejeitado a primeira proposta da Fenaban – de reajuste de 6,5% sobre os salários, a PLR e os auxílios refeição, alimentação, creche, e abono de R$ 3 mil. A proposta seguinte, também rejeitada, foi de reajuste de 7% no salário, PLR e nos auxílios refeição, alimentação, creche, além de abono de R$ 3,3 mil.

Os sindicatos alegaram que a oferta não cobria a inflação do período e representa uma perda de 2,39% para o bolso de cada bancário.

Em nota, a Fenaban disse que a proposta para 2016 “garante aumento real para os rendimentos da grande maioria dos bancários e é apresentada como uma fórmula de transição, de um período de inflação alta para patamares bem mais baixos”.

CONTAS
A Febraban lembra que os clientes podem usar os caixas eletrônicos para agendamento e pagamento de contas (desde que não vencidas), saques, depósitos, emissão de folhas de cheques, transferências e saques de benefícios sociais.

Nos correspondentes bancários (postos dos Correios, casas lotéricas e supermercados), é possível também pagar contas e faturas de concessionárias de serviços públicos, sacar dinheiro e benefícios e fazer depósitos, entre outros serviços.

PROCON
Em virtude da greve dos bancários o Procon elaborou algumas orientações para que o consumidor não seja prejudicado. Veja quais são:

1- Para não ser cobrado de eventuais juros, o consumidor deve ficar atento aos prazos de vencimento das contas, a greve não afasta a obrigação de pagar em dia.

2- Em caso de dificuldade, deve entrar em contato com a empresa credora e solicitar outras opções para fazer o pagamento, como internet, sede da empresa, casas lotéricas e outros correspondentes bancários, código de barras para pagamento nos caixas eletrônicos, dentre outros.

3- O consumidor deve documentar esse pedido enviando por e-mail ou anotar o número de protocolo de atendimento, por exemplo, pois caso o fornecedor não disponibilize opções para quitar o débito, possa reclamar junto a um órgão de defesa do consumidor.

4- Na falta de funcionários da instituição bancária, para sua segurança, nunca aceite ajuda de estranhos ao utilizar os caixas eletrônicos. A guarda da senha e do cartão é de responsabilidade do correntista.

5- Lembrando que algumas redes de supermercados e casas lotéricas recebem o pagamento de boletos e contas de água, luz, gás e telefone.