A pesquisa mensal de nível de emprego na indústria do Estado de São Paulo mostra que o setor manteve estável nível de contratações e demissões em julho e fechou os sete primeiros meses como a oitava região com maior volume de abertura de vagas.
A estabilidade em julho coloca a cidade entre sete regiões sem alterações relevantes. Em 16 regiões houve crescimento e em outras 13 números relevantes de queda no volume de empregos.
Indústrias de produtos químicos, com variação positiva de 3,61% e de alimentação, com alta de 0,85%, foram os destaques da região no mês. “Produtos diversos”, com queda de 5,6% e de minerais nao metálicos, com redução de 3,85% foram destaques negativos.
A pesquisa mostra variações no Oeste Paulista. Enquanto as regiões de Santa Bárbara, Bauru e Presidente Prudente foram destaque negativos com quedas de 5,51%, 1,6% e 1,54%; a região de Araçatuba liderou a abertura de vagas no mês, com evolução de 2,06%.
No balanço anual da pesquisa, Marília apresenta um crescimento de 2,55% no volume de vagas. Sertãozinho lidera a lista com 8,7% de evolução no volume de empregos.
Em todo o Estado o resultado é positivo com a abertura de mil vagas na indústria de transformação paulista em julho, em relação a junho, o o melhor resultado para o mês de julho desde 2013.
No ano, ainda é positiva a geração de postos de trabalho, com 17 mil vagas, mas esse total é inferior à média histórica de contratações no período de janeiro a julho (43.000 postos criados por ano).
E como o segundo semestre de cada ano costuma ter número de demissões que ultrapassa o de contratações no início do ano, pode se frustrar a expectativa de criação líquida de vagas em 2018.
“Não há fato novo que faça prever melhora do emprego até o final do ano”, afirma José Ricardo Roriz, presidente em exercício da Fiesp e do Ciesp. “Nos últimos dez anos, somente em um deles, 2010, houve criação de empregos”, destaca.
O ritmo abaixo do esperado da recuperação da economia, ao lado da repercussão da greve dos caminhoneiros, ajuda a explicar o menor número de vagas criadas. Há cautela entre os empresários, provocada pela incerteza em relação ao custo do frete rodoviário e à eleição de outubro.