Marília

Infestação por Leishmaniose vira polêmica entre Saúde e Matra

Infestação por Leishmaniose vira polêmica entre Saúde e Matra

A saúde de animais e pessoas expostas à leishmaniose em Marília é o motivo de nova polêmica entre a administração municipal de Marília e a Matra (Marília Transparente) uma ONG de acompanhamento e fiscalização de serviços públicos.

A ONG divulgou nesta quinta-feira uma mensagem em que aponta contaminação de até 50% dos animais de rua da cidade com a doença. Atribuiu a informação ao coordenador de controle de zoonoses na cidade, o médico veterinário Lupércio Garrido, que fez exposição sobre a doença ao Conselho de Saúde.

Segundo o texto da Matra, Lupércio Garrido teria dito no encontro que até 46% de animais estão contaminados em alguns bairros da cidade. “O problema, porém, pode ser muito maior do que vem sendo divulgado oficialmente”, diz a publicação da Matra.

A nota provocou reação da Secretaria de Saúde que distribuiu uma mensagem como “direito de resposta” em que acusa a ONG de usar informações de forma “truncada”.

“Ao Conselho Municipal de Saúde, o médico veterinário Lupércio Garrido informou que em determinadas áreas de inquérito de leishmaniose canina no bairro Jânio Quadros o índice chegou a 46%. Isto não quer dizer e nem significa que em todo o bairro Jânio Quadros vigore o índice de 46% de contaminação de leishmaniose canina.”

A contaminação por leishmaniose é um problema de saúde animal que atinge a comunidade e pode ser transmitida a humanos. A cidade investiga uma morte por conseqüência da doença e mais  seis casos suspeitos registrados neste ano.

É o maior número de casos suspeitos desde que a doença foi identificada em Marília pela primeira vez, em 2011.

No caso dos animais, a doença leva à execução dos cachorros. “Se nada for feito vai ser necessária uma matança”, teria dito Lupércio Garrido, segundo a divulgação da Matra. A prefeitura não se manifestou sobre a questão.