Jânio Quadros, o ex presidente que ficou apenas sete meses no poder tinha célebres frases como entre outras, a resposta dada a um jornalista quando lhe foi perguntado por que renunciara a presidência da República em 1961: “Fi-lo porque qui-lo”.
Quadros tinha construído uma carreira meteórica na política paulista. Fora vereador, prefeito de SP e governador do mesmo Estado em sequência até chegar a presidente depois de um discurso baseado em uma vassoura, na qual prometia varrer a corrupção e a sujeira do Congresso.
Foi considerado um louco. Renunciou achando que o Congresso não iria aceitar e que o povo ficaria ao seu lado. Não aconteceu uma coisa nem outra.
Para o lugar de Jânio, entrou Jango, vice-presidente, de tendência de esquerda, fez o que pode para que o povo tivesse uma vida mais digna, reforma agrária, maior intervenção do Estado na economia, voto dos analfabetos e mais, o método Paulo Freire de Ensino. Deu no que deu, um Golpe Militar que jogou o país em mais de vinte anos de agonia, mortes e muitos sofrimentos.
Trinta anos Depois, a Presidente Dilma, tenta dar novos contornos e rumos ao país em uma das maiores crises econômicas após o período militar. Todos têm o direito de se manifestarem contra ou a favor do seu governo, porém, não podemos cair na lábia de demagogos que pedem a sua renúncia ou mesmo forçam um impeachment ainda sem julgamento, até que se prove o contrário, aliás nada ainda sobre ela foi julgado, a presidente é inocente.
Renunciar com apenas oito meses de governo (Jânio renuncio com sete meses) seria uma loucura igual e desastrosa para a soberania da democracia. Afinal, ela foi eleita pelo voto direto. Um impeachment, acarretaria na ascensão do vice Temer, que é uma incógnita dentro da política e dos escândalos.
O bom disso tudo, é que não temos mais militares e nem líderes políticos como o Lacerda, que já tinha derrubado o Vargas e depois derrubou o Jango, para derrubar a Dilma. Então, porque enquanto os julgamentos não acontecem, darmos o tempo que ela precisa para pôr a casa em ordem. Como diz o ditado popular: Quem não ajuda, não atrapalha.