A Justiça estadual em Marília autoriza a exumação em Pirajuí de Josiane Gomes Pelegrin Dias, a Josi Dias, para investigar sua morte em Marília em 9 de janeiro.
A decisão do juiz Paulo Gustavo Ferrari, da 2ª Vara Criminal, atende pedido do advogado Lucas Ricci Dantas em nome de dona Rosa, a mãe de Josi. O objetivo é identificar eventual causa para óbito que não esteja no relatório final.
A família acusa negligência no atendimento médico após quase três dias de socorro.
Mãe atípica, ativista em causa de inclusão – especialmente para autistas – Josi faleceu em leito de unidade de pronto atendimento. O atestado indica insuficiência respiratória com broncoaspiração de vômito. Cita ainda obesidade,
Mas a mãe de Josi indica suspeita de problemas cardíacos ignorados. Josi procurou o atendimento com relato de dores agudas que irradiavam para as costas.
“Diante dos argumentos e documentos apresentados pela requerente, que demonstram a possibilidade da vítima ter tido um infarto não considerado durante o atendimento médico, autorizo a exumação do cadáver”, diz a decisão judicial.
Ainda não está certa a data para a medida. A exumação envolve a retirada controlada do corpo, encaminhamento para Instituto Médico Legal, análise e novos sepultamento.
Família foi à polícia para investigar morte em Marília
A família registrou um boletim de ocorrência sobre o caso, mas a decisão que a Justiça autoriza a exumação indica que a polícia ainda não deu andamento ao caso para investigar a morte em Marília.,
“Autoridade Policial informou que ainda não fora instaurado inquérito policial”, explica o juiz. O Ministério Público apresentou parecer a favor da exumação.
Mais de um mês depois de divulgar no leito vários vídeos em que relatou suas condições de saúde, pouco antes de morrer, Josi ainda não pode descansar em paz.
E sua mãe, ao lado dos três filhos que ela deixou, verá seu sepultamento pela segunda vez. Agora com chance de ter mais respostas.