O juiz Décio Divanir Mazeto, da 3ª Vara Criminal de Marília, rejeitou um pedido de reavaliação e manteve despacho para recusar agravante de Feminicídio na morte da transexual Marcelle Brandina, morta em 10 de dezembro de 2019 pelo administrador Leonardo Cafer Júnior em um motel de Vera Cruz.
Décio Mazeto manteve na íntegra o despacho de março em que considerou que a ”opção sexual diversa de sua natureza orgânica e psíquica, não transmuda sua condição física de homem para mulher”.
A decisão está em despacho que também rejeitou um pedido de julgamento antecipado com absolvição do acusado, que alega reação a uma extorsão durante encontro dos dois.
A justiça marcou para o dia 3 de março de 2021 com a previsão de instrução do caso e interrogatório do administrador, um morador de Oriente, casado e pai de duas filhas que matou Marcelle após encontro amoroso marcado por redes sociais.
Leonardo responde ao processo em liberdade após alguns dias de prisão e confissão de que provocou a morte de Marcelle por asfixia durante uma discussão no motel em que se encontraram. Disse que a trans exigiu dinheiro para não divulgar imagens e informações do encontro.