Marília

Justiça espera testemunhas protegidas e marca nova audiência sobre execução no Fragata

Justiça espera testemunhas protegidas e marca nova audiência sobre execução no Fragata

Duas testemunhas protegidas a serem acompanhadas pela Polícia Civil de Marília devem apresentar até o início de 2024 novas informações ao processo que investiga a morte do empresário Walter Luiz Aparecido Marcondelli Júnior, em 8 de dezembro de 2022.

A movimentação da polícia para a apresentação das testemunhas está em despacho judicial que determina ainda data de nova audiência do caso, no próximo dia 18 de janeiro.

A informação dá novos sinais sobre o nível de preocupação e pressão em torno do caso, que chega a pelo menos três testemunhas protegidas.

Além de seus nomes não serem divulgados nos documentos públicos do caso, durante as audiências as testemunhas protegidas podem ser ouvidas sem a presença dos acusados na sala e receber outras formas de suporte à privacidade. 

O mesmo despacho prevê depoimento de uma testemunha a ser ouvida como depoente pelo Juízo – sem indicação pela família da vítima ou dos acusados -. E a Justiça manifesta ainda espera por um laudo.

A decisão acompanha o andamento do caso após a realização da primeira audiência de instrução do processo, realizada no início do mês.

Wal, como o empresário era conhecido, tinha um estacionamento de compra e venda de carros. Foi morto com cinco tiros quando chegava para trabalhar.

A polícia apurou que os disparos foram efetuados por Anderson Ricardo Lopes. Um suspeito, transformado em depoente oculto, disse à polícia que contratou o atirador a pedido do empresário Ralf Tadeu Inforzato Gaspar.

Ralf disse à polícia que pretendia apenas dar um susto em outra pessoa, acusada de agredir seu filho, e que em nenhum momento pretendia morte de qualquer pessoa. Segundo os depoimentos, Walter Marcondelli Júnior morreu por engano ao ser confundido com o alvo real.

O contratante chegou a ser preso mas foi libertado depois de seu filho denunciar uma tentativa de extorsão para o atirador fizesse novo depoimento em defesa de Ralf.

O acusado da extorsão, também empresário, Carlos Eduardo dos Reis, acabou preso em flagrante pela acusação da extorsão. Ele é primo de Walter e atua com a família em um estacionamento em frente à empresa em que Marcondelli atuava até ser morto.