Um empresário preso, outro empresário solto. A lambança revelada em um denúncia de um caso de extorsão com promessa de interferência no processo que apura a execução em que foi morto Walter Luiz Aparecido Marcondelli Júnior provocou a libertação de Ralf Tadeu Inforzato Gaspar, 61, acusado de ser o mandante do crime.
A ordem de revogação da prisão foi expedida nesta terça-feira pela 2ª Vara Criminal da cidade em atendi mento a um pedido da defesa de Gaspar depois que o filho do empresário< Felipe Gaspar, denunciou uma tentativa de extorsão que a Polícia Civil prendeu em flagrante C.E.R., 40, acusado de cobrar R$ 120 mil para interferir em depoimentos e criar provas a favor de Gaspar.
O despacho com a ordem de libertação aponta que um dos motivos da prisão de Ralf Gaspar era a possibilidade de influência no curso do processo.
“Os novos fatos trazidos, embora não afastem a eventual responsabilidade do réu pelo delito pelo qual foi denunciado, fragilizam um dos motivos que levaram à prisão cautelar, qual seja, a eventual interferência na produção de provas”, diz a decisão.
A liberdade provisória será acompanhada de algumas restrições. Ralf Gaspar não pode deixar de comparecer a todos os atos para os quais seja intimado e tem que manter atualizados dados de contato por telefone e mensagens.
É proibido de deixar a comarca em que reside por mais de oito dias, não pode ter qualquer contato com testemunhas outros acusados no processo e deve ficar em casas à noite e nos dias de folga.
O despacho determina ainda que a Polícia Civil e a Polícia Militar sejam informadas para auxiliar na fiscalização dos cumprimentos das regras.
Enquanto Ralf vai para casa, C.E.R. cumpre prisão preventiva pela tentativa de extorsão e foi encaminhado para o Centro de Detenção Provisória de Álvaro de Carvalho, onde já está .detido Anderson Ricardo Lopes, réu confesso como atirador que efetuou os disparos que mataram Walter Marcondelli.