Justiça nega viagens a acusados por tráfico na Operação Synthux

Justiça nega viagens de final de ano a acusados na Operação Synthlux
Materiual apreensido na investigação: Justiça nega viagens de final de ano a acusados na Operação Synthlux

Marília - Decisão da Justiça em Marília nega viagens a acusados na Synthux e envolve três dos réus na Operação que investigou organização para tráfico.

Em todos os casos envolvem réus com liberdade provisória e medidas cautelares de restrição de direitos, como uso de tornozeleira. Também não podem deixar a Comarca sem autorização.

Em um deles, o réu G.H.S. pede autorização para uma viagem a Paulicéia, a 230km de Marília entre os dias 19 de dezembro e 2 de janeiro de 2025. Compreende períodos de Natal e ano novo.

É uma cidade de tradicional turismo de lazer, pesca e descanso em ranchos e chácaras junto ao rio Paraná na divisa de São Paulo com Mato Grosso do Sul.

Justiça nega viagens

“A intenção de viajar a lazer não pode ser considerada uma justificativa plausível e adequada”, diz a decisão do juiz Rafael Salviano Silveira. Ele citou ainda as limitações impostas no caso e as condutas que a denúncia apresenta.

Os outros dois pedidos apresentam como justificativa atividades profissionais. Um deles envolve F.S.D., réu que a justiça considerou foragido durante grande parte da apuração.

Ele e M.M.F. pediram autorização para “outras localidades, inclusive em outros estados”. A justiça negou e considerou as justificativas ‘genéricas’.

“São genéricas e se limitaram a afirmar a necessidade da presença dos réus em outras localidades”, diz a decisão. Aponta ainda falta de “menção a datas, horários ou comprovação da imprescindibilidade da participação presencial deles em tais eventos”.

Operação Synthlux

Registros de transações obtidos pela Polícia; Justiça nega viagens a acusados na Synthux

Os pedidos estão em um dos maiores casos criminais da cidade, com 28 réus e apontamento de uma organização criminosa para crime de tráfico.

Segundo a Polícia Civil, a organização tinha base em Marília e atuação em cidades de São Paulo e outros Estados. Distribuía drogas por sistemas de entrega e basicamente atuava com entorpecentes sintéticos e haxixe.

Alguns dos denunciados têm famílias de classe média e alta, com poder aquisitivo. Além disso, a polícia identificou movimentação de dinheiro e bens. O nome Synthlux faz a combinação da venda de drogas sintéticas e vidas de luxo.