A juíza Josiane Patrícia Cabrini Martins Machado, da 1ª Vara Criminal de Marília, atendeu pedido da Polícia Civil e prorrogou a ordem de prisão temporária contra 18 acusados de integrar uma organização de tráfico de drogas sintéticas e haxixe na cidade.
A medida complementa outras decisões de suporte à investigação da Operação Synthlux, deflagrada pela Dise (Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes). O caso inclui jovens com menos de 30 anos, de famílias de classe média e alta, entre os investigados.
“Restou demonstrada a gravidade dos fatos sob investigação, ressaltando-se que se trata, ao que consta, de associação criminosa que conta com mais de 20 membros, inclusive residentes em outras cidades deste Estado além de Marília”, destacou a juíza na decisão que prorrogou as prisões.
O delegado João Carlos Domingues, responsável pela operação, apresentou durante a semana outros dois pedidos à Justiça e foi atendido para prorrogação de prazo da apuração e reforço no sigilo sobre dados do inquérito.
As provas até então produzidas nos presentes autos de Inquérito Policial confirmam que a organização criminosa realmente vem praticando intenso tráfico de entorpecentes e outros crimes”, disse o delegado em representação à Justiça.
João Domingues argumentou ainda que há provas importantes a serem coletadas, tais como oitivas, exames periciais, análise de contas bancárias, informações dos Correios, Transportadoras.
O controle de sigilo foi reforçado após pedido da defesa de um dos acusados, F.B., para acesso aos dados já obtidos durante a investigação.
O promotor de Justiça Reginaldo Cesar Faquim, que atua pelo Ministério Público no caso, disse em seu parecer que é “inviável o acesso, por ora, ao presente inquérito policial” para “salvaguardar a eficácia das investigações”.