O Lago Aquarius, um cartão postal na zona norte de Marília, agoniza. Quase seco, provoca série de manifestações de ambientalistas, moradores e organizações. O mais grave: são anos sem medidas de recuperação.
Em nota ao Giro Marília, a Prefeitura diz que a situação envolve vários fatores, incluindo a ocupação do bairro no entorno com novas construções e obras civis.
“Há de se considerar o longo período de estiagem e neste momento o Município, através da Prefeitura Municipal de Marília, aguarda a transição de responsabilidade do leito d’água. E, portanto, só conseguirá realizar alguma medida após autorização da Agência Ambiental da Cetesb.”
“A causa originária foi a destruição do sistema hídrico que alimentava o pequeno lago. Ainda não havia secado devido à água acumulada no lençol freático. Com a falta de chuva, o pouco da água do lençol freático não deu conta. E, sem a nascente, o LAGO SECOU”, diz uma mensagem da Associação Sustentabilidade Popular de Marília e Região.
As organizações culpam a ocupação urbana sem a preservação correta de nascentes, como a de córregos que abasteciam o lago.
A Origem, associação ambientalista da cidade, há anos denunciou a situação ao Ministério Público e discute medidas de recuperação.
Além da urbanização mal planejada, acusa impermeabilização excessiva de solo que impede o aproveitamento de chuva nos mananciais. E e a poluição. Destaca também ligações clandestinas de esgoto.
“Esse é um pequeno exemplo desse processo autodestrutivo. A pior parte é que existe uma ideia de que para resolver falta de água bastaria abrir poços. O problema é que deveriam ser a última medida. Muito melhor seria cuidar dos reservatórios de superfície”, diz uma mensagem da organização.
Uma análise da entidade aponta que o aproveitamento de córregos ao redor da cidade permitiria vazão equivalente ao volume de água do Rio do Peixe. Mas estão todos poluídos.