Marília - O avanço da obra de limpeza e liberação em ferrovia de Bauru e Tupã esbarra em casos com coletivos de ocupação, pessoas sem identificação e até prefeitura. O ramal inclui Marília.
Consultas em fóruns de seis cidades na região mostram diversidade de situações que a Rumo Malha Paulista acusa a partir de janeiro. Bauru, Gália, Garça, Marilia, Pompéia e Tupã acumulam casos.
Em Bauru há maior número, mas a cidade tem diferentes ramais e pontos de conflito. Tem alguns casos com vários ocupantes, assim como em Marília – debate sobre área de camelódromo – e a divisa de Pompéia e Oriente.
Mas diferente da ocupação em Marília, a Rumo conseguiu em Bauru uma liminar contra 19 acusados de invasão. A ação sequer apresenta detalhes dos nomes –.
E as disputas na cidade incluem até um residencial que teria avançado para faixa de domínio.

Obra tem prazo
Também são muitos casos com invasores sem identificação. Cada situação provoca uma reação da Justiça. Há muitas liminares com ordem de desocupação imediata, há casos que vão gerar discussão.
O debate sobre o camelódromo de Marília arrasta uma discussão de anos que começou na Justiça Federal. Há ainda situações complexas no trecho como ponto com a Prefeitura de Tupã.
Para todos eles a discussão poderia ser uma corrida contra o tempo. A liberação dos trilhos com limpeza e recuperação é parte das obrigações da Rumo Malha Paulista para a concessão de uso das ferrovias.
Mas em diferentes casos, o andamento esbarra até em questões técnicas judiciais em que a Justiça adia decisões para cobrar informações da Rumo.
Depósito de taxas ou endereço para intimação de invasores identificados são algumas destas situações.
Há outras, como argumento de urgência pelo prazo da obra para ocupações que estão há muitos anos nos trilhos. Tempo em que a concessão não mostrou interesse no trecho e nem a concessão cobrou cuidados.