A consumidora Mayara Lautenschlager divulgou em redes sociais vídeos e imagens em que denuncia um caso de preconceito após erro na venda de uma peça na loja Riachuelo de Marília.
Segundo a consumidora, a loja entregou uma peça de roupa com o imã de segurança, um mecanismo que deveria provocar alerta na saída e é usado por grandes redes para evitar furtos.
A peça só foi percebida em casa. A consumidora pediu para a mãe que fosse trocar. A mulher, negra, não conseguiu atendimento porque estava sem a nota fiscal.
“Chamaram gerente, caixa, bispo e tudo mais. Exigiram a nota, ela não tinha, disseram que não poderiam trocar. Aí decidi ir até a loja e, pasmem, pedi para tirar sem a nota e tiraram. Não tem racismo não…”
Mayara disse que a mãe sofreu um grande constrangimento e após meia hora na loja saiu com a calça sem a retirada do lacre Ela, que é branca, conseguiu a troca em cinco minutos. E avisou à loja que houve um caso de preconceito.
“Ficaram horrorizados, mas não explicaram porque minha mãe ficou meia hora, falou com várias pessoas e eu troquei em cinco minutos.” A consumidora afirmou que vai discutir o caso com um advogado mas não adiantou se vai tomar medidas judiciais.
Mayara explicou que se o procedimento fosse padrão, não haveria troca para mãe e nem para ela. Além disso, disse que a loja tinha condições de checar nos sistemas a compra e pagamento da peça, feita com cartão de débito. Nada disso foi discutido com ela: chegou, pediu e trocou.
“Eu fui pra loja pronta para discutir o problema da retirada e de atendimento a consumidor, quando vi que resolveram tão rápido comigo fiquei chocada.
A consumidora divulgou vídeos de seu atendimento e da retirada. Disse que guarda as notas quando são produtos para troca ou presentes. Mas que provou a calça, ela serviu, não se preocupou em guardar a nota.
“Foi erro da loja. Eu paguei, não apitou, o problema foi da loja”, diz a consumidora. O Giro Marília encaminoiu um pedido de informações à Riachuelo e aguarda manifestação oficial da empresa.