Marília

Mães temem municipalização de escola estadual e criam movimento em Marília

Mães temem municipalização de escola estadual e criam movimento em Marília

Um grupo de mães de alunos da escola estadual Maria Izabel Sampaio Vidal, do distrito de Padre Nóbrega, iniciou uma mobilização em reuniões, troca de mensagens e abaixo-assinado em busca de informações sobre eventual municipalização da unidade.

Elas temem que os filhos sejam transferidos para escolas longe do distrito em situações que, mesmo com oferta de transporte, seria complicado para alunos, especialmente das turmas noturnas.

Uma onda de mensagens e boatos sobre a municipalização acompanha a escola desde o começo do ano. O Giro já procurou a secretaria estadual e a secretaria municipal de Educação e as duas negam que exista um processo de municipalização em andamento. O grupo decidiu fazer um abaixo-assinado e modelo de cartazes para eventual campanha pública sobre o caso. 

O texto do abaixo-assinado enviado ao Giro diz que a escola atende “filhos e netos” de ex-alunos, lembra a tradição da Maria Izabel em diferentes ciclos da educação e relata preocupação com perda destas turmas em escola próxima caso a escola seja transferida para o município. 

A escola oferece turmas do primeiro ano ao ensino médio. A municipalização iria restringir estas turmas. Alunos de sexta série ao 3º colegial seriam transferidos para outras unidades. O documento lembra previsão legal de que crianças e adolescentes tenham acesso a unidades próximas de suas residências.

Uma das mães, que procurou o portal em nome do grupo, disse que até professoras da rede municipal teriam sido informadas sobre estudo da medidapotencial vaga de trabalho na unidade em 2020.

A Prefeitura tem projeto de instalação de uma Emef para atender moradores dos novos bairros inaugurados na região – Maracá e Montana – mas sem qualquer medida oficial para que seja a municipalização da Maria Izabel.

A representante das mães, que pediu para não ser identificada, afirmou que há anos existe a previsão de construção de nova escola estadual na região e haveria até espaço definido.

“Não somos contra municipalização em si, mas queremos defender que nossos filhos tenham escola com mesmo padrão, perto de casa. A escola municipal não vai atender segundo ciclo, não atende ensino médio”, disse.