A Câmara de Marília rejeitou com oito votos contra cinco o projeto de resolução da Mesa da Câmara que previa a criação do Rádio FM Câmara. A proposta previa criação de estrutura para captar, processar e transmitir os sinais de radiodifusão das atividades do Legislativo.
O projeto não envolveu discussão. Foi rejeitado com os votos contrários dos vereadores Maurício Roberto, Daniela D’Ávila, Danilo da Saúde, Luiz Eduardo Nardi, Marcos Custódio, José Luiz Queiroz, José Carlos Albuquerque e Wilson Damasceno.
Votaram a favor os três autores do projeto, Marcos Rezende, Evandro Galete e João do Bar, além de Mário Coraíni e Cícero do Ceasa.
Após a votação, Coraíni fez uma justificativa com defesa da rádio como um veículo de comunicação que iria dar transparência e serviços à comunidade.
“Se é órgão de comunicação sou favorável à criação, porque quem vai administrar é o próprio poder legislativo. Ou alguém acha que vai fazer uso próprio?”, disse o vereador
José Luiz Queiroz também justificou seu voto, disse ter “certeza de que não há nenhum vereador covarde” e que o voto pertence a cada um dos 13 vereadores.
“Mas sou um daqueles que desde o início do mandato defende um Estado mais enxuto, que possamos gastar naquilo que a gente precisa. Não temos álcool gel, não temos máscara, hoje nas redes sociais mais do que nunca falam por si só. Toda casa, seja no Esmeralda, no Toffoli, aonde for, tem pessoas com smartphones e acesso, dados que podem mostrar a comunicação”, afirmou.
Disse ainda que não houve qualquer reunião para explicar como seria o funcionamento da rádio, afirmou que a transparência pode ser dada pela internet.
“Tem cabimento o poder Legislativo ter uma rádio próprio 24h se nós podemos transmitir numa rádio com muito mais audiência, economia de recursos? Para mim, o interesse da população não vai ao encontro à criação de uma rádio.”