Marília

Marielle Presente - Marília terá manifestação por vereadora morta no Rio

Marielle Presente - Marília terá manifestação por vereadora morta no Rio

Um ato público neste sábado vai trazer a Marília uma mobilização que já é internacional pela apuração rigorosa e punição dos envolvidos no assassinato da socióloga e vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco, 38, morta com tiros de uma arma calibre 9mm que voltava para casa após encontro público na noite desta quarta-feira. O ato acontece às 14h na avenida Sampaio Vidal.

“Marielle foi uma parlamentar incansável, que não hesitava em sair do gabinete para conversar com a população. Uma mulher negra, forte e extremamente compromissada na luta antirracista, contra a violência, alinhada e defensora das causas das mulheres negras, das comunidades de favelas, de periferias e da população LGBT”, diz mensagem do coletivo Negras Ginga, de Marília, que organizou o ato desta sexta.

O crime aconteceu por volta das 21h30. O motorista Anderson Pedro Gomes também foi baleado e morreu. Uma passageira, assessora de Marielle, foi atingida por estilhaços. O caso provocou repercussão na mídia internacional e manifestações de diferentes partidos, lideranças políticas e organizações com pedidos de apuração e preocupação com estado da segurançla, organizações criminosas e envolvimento do poder público com mortes no Rio de Janeiro.

As primeiras informações da polícia apontam atuação de milícias. O carro em que estavam os responsáveis seguiu Marielle por até 4km, segundo as primeiras análises da investigação. Emparelhou ao carro da vereadora e fez os disparos.

Marielle estava no banco traseiro, uma situação pouco usual nas viagens da vereadora e um dos indicadores de que ela já vinha sendo seguida. Foi atingida por pelo menos três tiros. A vereadora voltava do evento “Jovens Negras Movendo as Estruturas”, na Lapa.

Quinta vereadora mais votada do Rio de Janeiro, Marielle foi eleita pelo PSOL com 46.502 votos em sua primeira disputa eleitoral. Indicada para a comissão que acompanha a intervenção federal no RJ, Marielle vinha de campanha em defesa de comunidades e denunciava violência da polícia nos bairros.

Um dia antes de sua morte, na terça-feira, denunciou mais um caso de morte violenta de morador da periferia e as suspeitas sobre envolvimento de policiais. “Mais um homicídio de um jovem que pode estar entrando para a conta da PM. Matheus Melo estava saindo da igreja. Quantos mais vão precisar morrer para que essa guerra acabe?”