Serviços de saúde de Marília foram incluídos em uma lista de locais com uso de doses vencidas em lotes da AstraZeneca. A informações é parte de um estudo desenvolvido pelos pesquisadores Sabine Righetti, da Unicamp, e Estêvão Gamba, da Unifesp, que ganhou repercussão nacional nesta sexta-feira com divulgação pelo jornal Folha de S.Paulo.
A Prefeitura de Marília negou que a cidade tenha usado doses vencidas e apontou falha em registros entre os serviços públicos do Ministério da Saúde e do governo do Estado. Outras prefeituras já apresentaram a mesma informação e falha do Ministério no registro das doses aplicadas.
“Conforme apurado pelo Núcleo de Informações da Saúde Municipal, como em outros casos desde o início da vacinação, houve erros de digitação de datas e migração entre sistemas do Governo Estadual para o Governo Federal o que dá entender que as mesmas estariam vencidas, mas não estão. A Secretaria de Saúde tranquiliza e esclarece que todas as doses que são administradas em Marília passam por uma revisão rigorosa de validade para depois serem aplicadas nos pacientes”, diz um comunicado oficial da Saúde.
Segundo o ranking organizado pelo jornal, a cidade ocupa a 127ª posição no ranking com uso de 32 doses vencidas. Maringá teria o maior número de casos com 3.536. A cidade de São Paulo tem 996 doses, vencidas, segundo a Folha
Mas os casos atingem diversas cidade no interior. Bauru é listada com 22 doses vencidas, Assis com 14 e Presidente Prudente aparece com 13 doses na lista produzida pela Folha que aponta 26 mil doses de lotes em 1.532 cidades.
A Folha de S.Paulo diz que a maioria das doses é de um lote do Instituto Serum identificado pelo código 4120Z005, que venceu em 14 de abril e seguiu em uso. Teriam sido identificados oito lotes vencidos entre 29 de março e 4 de junho e que ainda estariam em circulação.
Veja os lotes divulgados com identificação em Marília