Novos exames divulgados pela saúde de Marília nesta terça-feira mostram confirmação de mais dois casos de coronavírus na cidade, que elevam para 16 o número total de contaminados. O balanço do dia mostra ainda três pacientes internados, 147 amostras descartadas e 44 exames aguardando resultados. Dez curados.
O primeiro novo caso é o de um homem de 48 anos recém chegado de São Paulo e que apresentava sintomas de tosse e febre, em isolamento desde de que chegou à cidade. Colheu exame dia 27 de abril. Hoje (28), ainda apresenta sintomas gripais e está em isolamento domiciliar absoluto.
O segundo caso é uma mulher, 62 anos, moradora de Marília, tem contato constante com pessoas que vem de local endêmico, não apresentou sintomas, realizou o exame em laboratório particular por sugestões da família e amigos que são profissionais da saúde.
Ela ainda não apresenta sintomas e está em isolamento domiciliar desde a realização do exame. Ambos os casos os resultados para COVID-19 chegaram hoje e são monitorados pela Vigilância Epidemiológica.
Um comunicado do governo do Estado divulgado nesta terça mostra que a pandemia do novo coronavírus está se espalhando pelo interior do Estado de São Paulo.
As informações estão em estudo da Unesp (Universidade Estadual Paulista) coordenado pelo professor Carlos Magno Fortaleza, membro do grupo estadual de contingência.
O Estado registra 2.049 óbitos nesta terça-feira (28). Desse total, 728 residiam em cidades do interior, litoral e Grande São Paulo, por onde a doença tem crescido – são 141 municípios com pelo menos um óbito, incluindo a capital.
A modelagem mostra que as cidades consideradas polos regionais, como Campinas, Bauru e São José do Rio Preto apresentam cinco vezes mais chances de disseminação do vírus do que outras cidades menores, com baixa densidade populacional e menor conectividade com municípios de sua região.
Aponta ainda que a rota de disseminação do vírus concentra-se ao redor da capital, na Região Metropolitana, e se dissemina pelas principais rodovias que cortam o interior do Estado.
Além da densidade populacional, o estudo observou a distância como outro fator importante de dispersão da COVID-19.
“O risco imediato, como é a condição de vigilância neste momento, é 25% menor a cada 100 quilômetros de distância da capital”. Portanto, há tanto o salto entre os grandes centros regionais quanto à difusão por vizinhança e contiguidade de municípios.
Fortaleza alertou que é preciso manter expressivo índice de isolamento social nesses polos, para evitar que o contágio atinja também os de menor porte.
Quase metade do total de municípios em SP já foi alcançada pela COVID-19. Das 645 cidades de SP, 305 tiveram pelo menos um caso da doença. Entre os 24.041 confirmados em todo o território, 8.644 dos infectados moravam fora da cidade de São Paulo.
O estudo da Unesp elenca quinze cidades que, juntas, concentram 70% do total de casos e mortes em SP.