A Prefeitura de Marília abriu concorrência pública a ser decidida por menor preço para aterro de até 72 mil toneladas de lixo por ano, um serviço que já é terceirizado, e que envolve destinação dos resíduos urbanos sem controle de coleta seletiiva.
A falta de processo oficial de reciclagem e controle representa custo com aterro de material que poderia ser reaproveitado e ainda gerar efeitos financeiros e sociais.
A reciclagem na cidade é feita por iniciativas isoladas de moradores e coletores. Quem deixa garrafas, plásticos, papéis e outros recicláveis em sacos distintos de lixo nas portas das casas acaba destinando material aos catadores.
Mas não há controle disso ou do aproveitamento e parte dos resíduos acaba destinada de forma irregular em terrenos, ruas, caçambas de entulho e outras formas de descarte.
DIISTÂNCIA
Uma cláusula de distância pode beneficiar a empresa Revita, que construiu aterro na cidade.
O edital prevê que a prefeitura seja responsável pelo transporte do lixo por até 30 quilômetros de distância. A partir deste ponto as empresas interessadas teriam que assumir custo de transbordo para levar a aterros mais distantes.
Além disso, as interessadas também precisariam oferecer um ponto regularizado para transferência e pesagem dos resíduos no perímetro dos 30km.
O aterro da Revita fica a aproximadamente 25km do antigo lixão da cidade, oficialmente apontado como ponto de referência. A empresa já vinha atuando com transbordo e aterro em outra unidade, de Quatá
O edital prevê contrato de 12 meses – que pode ser renovado por iguais períodos – e reajuste pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) após cada ano de atividade.
A estimativa é coletar seis mil toneladas de lixo por mês. O controle do peso é feito pela empresa com duas medições: o caminhão deve ser pesado na entrada e depois é pesado novamente na saída.
A contratada apresenta à prefeitura os tíquetes das medições para efeito de análise e pagamento das faturas mensais.