O nível de emprego nas indústrias de Marília caiu 0,06% – com status de estabilidade – em setembro mas o acumulado do ano segue com um saldo positivo de criação de vagas, segundo pesquisa realizada pelo Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo).
Produtos Diversos, com queda de 6,25%, Produtos de Metal (- 4,8%) e Bebidas (-1,7%) foram setores com maiores quedas nas contratações na região. Minerais Não-Metálicos, com alta de 4% e Produtos Têxteis, com elevação de 2,56% foram os destaques positivos da região.
No acumulado do ano a região de Marília ampliou volume de empregos em 2,66% e nos últimos 12 meses tem elevação de 0,97%.
A pesquisa apura a situação de emprego para as grandes regiões do estado de São Paulo e em 36 Diretorias Regionais do Ciesp. Por grande região, a variação no mês ficou estável (0,01%) no Estado de São Paulo, subiu 0,12% na Grande São Paulo e apresentou leve recuo de -0,03% no Interior paulista.
Nas 12 que apontaram altas, destaque por conta de Jacareí (0,61%), influenciada por produtos de metal (2,33%) e bebidas (0,23%); Sorocaba (0,60%), por confecção e artigos do vestuário (6,17%) e veículos automotores e autopeças (1,69%); Santos (0,54%), com produtos alimentícios (1,07%) e impressão e reprodução de gravações (5,13%).
Já das 15 negativas, destaque para Santa Bárbara D’Oeste (-2,08%), por produtos de metal (-22,86%) e metalurgia (-4,97%); Franca (-1,15%), por artefatos de couro e calçados (-2,54%) e coque, petróleo e biocombustíveis (-1,10%).
Em todo o Estado, a indústria gerou 500 vagas. O resultado para o mês, na série sem ajuste sazonal, mostra estabilidade no saldo de vagas pelo terceiro mês consecutivo.
Apesar de ser pouco expressivo, esse número é superior à média histórica para o mês entre os anos de 2014 e 2017 –em que foram encerrados, em média, cerca de 9 mil postos de trabalho.
No acumulado do ano, o saldo do emprego na indústria do Estado segue positivo em 13,5 mil vagas, alta de 0,62%. Já com o ajuste sazonal, o resultado para o mês ficou estável em -0,06% e recuou -0,40% no fechamento do 3º trimestre.
Para José Ricardo Roriz Coelho, 2º vice-presidente da Fiesp e do Ciesp, “os empresários não têm perspectivas de investimentos em razão da indefinição do quadro político, o que deixa o emprego em compasso de espera”.
Entre os 22 setores acompanhados pela pesquisa para o mês de setembro, 8 ficaram positivos, 5, negativos e 9, estáveis. Entre os positivos, os destaques ficaram por conta de produtos minerais não metálicos, com geração de 900 postos de trabalho, seguidos por produtos alimentícios (738) e celulose, papel e produtos de papel (666).
No campo negativo ficaram, principalmente, couro e calçados (-2.106), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-814) e coque e derivados do petróleo e biocombustíveis (-724).