Marília

Marília tem déficit de 87 policiais civis, dizem delegados

Raquel Kobashi Gallinati, presidente do SINDPESP
Raquel Kobashi Gallinati, presidente do SINDPESP

A Polícia Civil de Marília tem um déficit de 87 profissionais nos diversos setores de atendimento, com maior deficiência na atuação de investigadores: são 86 para 104 possíveis, com 28 vagas abertas. A cidade deveria ter 294 policiais, tem 207

Os dados são do Sindicato dos Delegados da Polícia Civil no Estado que aponta ainda falta de carcereiros (19) e escrivãos (19) como grandes deficiências (veja tabela abaixo). Em todo o Estado faltam 717 delegados de polícia – em Marília apenas um-.
 
Segundo o sindicato, o déficit total da Polícia Civil paulista, hoje, é de 12.972 cargos, 31% do total previsto em lei.  A nova divulgação do Defasômetro atualizou os números de todas as carreiras.
 
Faltam atualmente 3.060 investigadores (46 a mais do que no mês passado), 2.895 escrivães (48 a mais), 924 agentes policiais (13 a mais), 855 agentes de telecomunicação (14 faltantes a mais), 300 papiloscopistas (sete a mais), 450 auxiliares de papiloscopista, 269 médicos legistas (seis a mais), 262 peritos criminais, 154 fotógrafos (34 a mais), 42 desenhistas (cinco a mais) e 102 atendentes de necrotério. Há 26 cargos a mais de auxiliar de necrotério.
 
Os carcereiros somam 2.968 cargos extintos (11 a mais do que no mês passado). O SINDPESP considera inaceitável a extinção do cargo sem que o fato não seja contabilizado como perda.

No lugar do que sai, deveria ingressar um funcionário de outra carreira, pois todo policial civil operacional colabora nas tarefas de uma delegacia, seja no atendimento ao cidadão, na investigação, na condução de viatura ou outros serviços. O carcereiro, hoje, ainda mais com o imenso déficit imposto à Polícia Civil, tem valiosa contribuição em todas essas atividades.
 
Os dados do Defasômetro permanecem praticamente no mesmo patamar desde que passaram a ser divulgados, em outubro de 2017 (confira todas as tabelas em http://sindpesp.org.br/defasometro.asp).
 
“O Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo espera que o próximo governador de São Paulo corrija essa grave falha para com a Polícia Civil do Estado de São Paulo. O déficit de pessoal que existe hoje é inaceitável”, afirma Raquel Kobashi Gallinati, presidente do SINDPESP.

“Sem uma polícia judiciária forte, o crime organizado cresce e a segurança pública fica sob risco. As pessoas tornam-se reféns do medo. É preciso responsabilidade do governante para com a população. Investir em polícia judiciária é uma obrigação do Estado, não uma decisão política do gestor”, completa a presidente.

Confira a tabela dos cargos em Marília