A Secretaria Municipal de Saúde em Marília revelou nesta terça-feira que a cidade registrou dois surtos da ‘síndrome mão-pé-boca’ em 2018 e criou uma rotina de orientação e prevenção em escolas e na rede pública de saúde. A orientação atinge também os pais de estudantes. As informações estão em uma nota divulgada a pedido do Giro Marília após indicação de surto da doença em São José do Rio Preto.
Segundo a nota, o Grupo de Vigilância Epidemiológica do Estado da Secretaria Estadual informou em março o aumento do número de surtos com suspeita de Síndrome Mão-Pé-Boca no Estado de São Paulo.
“Foram registrados no município de Marília e notificados ao GVE dois surtos de Mão-Pé-Boca em 2018, motivo pelo qual o reforço às orientações aos servidores da educação foram estendidas também aos pais e responsáveis”, diz a nota.
A Saúde informa ainda que as ações de Educação e Informação, normalmente desenvolvidas junto à rede municipal de Ensino, foram intensificadas visando prevenção e controle da doença no município.
Veja abaixo a íntegra da nota
“A Prefeitura de Marília, por meio da Secretaria Municipal da Saúde, informa que foi comunicada pelo GVE (Grupo de Vigilância Epidemiológica) do Estado de São Paulo, no mês de março, sobre o aumento do número de surtos com suspeita de Síndrome Mão-Pé-Boca no Estado de São Paulo.
Informativo técnico orienta os municípios das causas, sinais e sintomas, complicações, transmissão, tratamento e prevenção.
As ações de Educação e Informação, normalmente desenvolvidas junto à rede municipal de Ensino, foram intensificadas visando prevenção e controle da doença no município.
Foram registrados no município de Marília e notificados ao GVE dois surtos de Mão-Pé-Boca em 2018, motivo pelo qual o reforço às orientações aos servidores da educação foram estendidas também aos pais e responsáveis.
Para maior conhecimento sobre a doença, segue texto do Informativo.
DOENÇA MÃO-PÉ-BOCA
Causa
A doença é causada por vírus do grupo Enterovírus, sendo o Coxsackievirus A16 o mais comum. Outros enterovírus podem causar também a doença. Enterovirus 71 tem sido associado a casos da doença e ocorrência de surtos.
Sinais e Sintomas
Período de incubação: 3 a 6 dias
A doença mão-pé-boca se manifesta inicialmente com febre, diminuição do apetite, dor de garganta e mal-estar. Um ou dois dias após início da febre, lesões dolorosas podem surgir na boca (herpangina). Essas lesões geralmente surgem como pontos avermelhados que podem formar vesículas e ulcerar, tornando-se dolorosas. Na evolução podem surgir máculas avermelhadas, algumas com formação de vesículas, que se localizam preferencialmente nas palmas e plantas, podendo acometer joelhos, cotovelos e glúteos. Vesículas podem durar até 7-10 dias.
Os pacientes, especialmente as crianças, podem desenvolver desidratação devido à dificuldade de engolir.
Adultos podem ter a infecção e apresentar poucos sintomas, mas podem transmitir a doença mesmo assim.
Complicações
A maioria dos casos de doença mão-pé-boca não apresenta gravidade, apesar do desconforto gerado pelos sintomas. As complicações são raras e incluem: meningite, encefalite, complicações cardíacas, pneumonite, conjuntivite, perda temporária das unhas.
Transmissão
As pessoas infectadas podem conter o vírus nas secreções do nariz e garganta (saliva, escarro, muco nasal), no líquido das vesículas e nas fezes.
Desta forma, uma pessoa pode se expor a infecção por meio de:
– contato físico, por exemplo abraço;
– contato com secreções respiratórias (gotículas expelidas durante fala, tosse ou espirro);
– contato com as fezes da pessoa fonte (durante troca de fraldas) e
– contato com objetos ou superfícies contaminados (brinquedos compartilhados por crianças em uma creche).
Tratamento
Não há tratamento específico. O uso de medicações para alívio dos sintomas (febre, dor de garganta) pode ser necessário para conforto e prevenir a baixa ingesta hídrica e alimentar.
Prevenção
Pessoas com doença mão-pé-boca transmitem a doença mais facilmente na primeira semana de doença, por isso é recomendado o afastamento das atividades (trabalho, escola) enquanto persistirem os sintomas.
Algumas medidas podem ser adotadas para diminuir o risco de transmissão:
– lavar as mãos com freqüência com água e sabão, especialmente antes de alimentar-se, após manipular fraldas, após usar o banheiro;
– Utilizar de etiqueta respiratória (usar lenço ou papel para espirrar ou tossir e lavar as mãos após; desprezar lenços na lixeira. Se for preciso cobrir a tosse ou espirro, usar os braços e não as mãos);
– limpar e desinfetar superfícies e objetos compartilhados;
– evitar contato próximo com pessoas que apresentem sintomas e
– afastar-se das atividades diárias enquanto apresentar sintomas.“