Marília tem média 57 crianças e adolescentes órfãos de pelo menos um de seus pais por ano a partir de 2021, mostra levantamento de cartórios.
Os dados estão em levantamento inédito e na primeira consolidação de informações em nível estadual com registros de cartórios de registro.
O pico de casos com órfãos ocorreu em 2021, durante a pandemia de Covid. A média de órfãos por ano é de 57. Em 20221, só por Covid foram 37. O total do ano chegou a 73.
Em 2022 a cidade registrou 42 crianças que perderam ao menos um dos pais, enquanto 2023 registrou um aumento para 69 órfãos. Até outubro de 2024, o número já totaliza 46.
O levantamento abrange o período de 2021 a 2024. Envolve cruzamento dos dados de óbitos por CPFs dos pais existentes com o registro de nascimento de seus filhos. A medida possibilitou averiguar com exatidão o número de órfãos no país ano a ano.
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Até a metade de 2019 não havia a obrigatoriedade de inclusão do CPF dos pais no registro de nascimento. O levantamento é da Associação Nacional de Registradores de Pessoas, a Arpen.
“Com a evolução da legislação, que estabeleceu o CPF como número identificador único, foi possível realizar um cruzamento sólido das bases de registros”, explica Luís Carlos Vendramin Júnior, diretor da Associação.
O órgão é responsável por desenvolver tecnologias para a implantação do registro eletrônico no país.
“Trata-se de dados vitais para a elaboração de políticas públicas no país, inclusive para que os Governos possam se planejar para atender esta grande demanda de orfandade em nosso país”, completa Gustavo Renato Fiscarelli, presidente da Arpen-Brasil.
