Marília

Marília terá cirurgias em mutirão nacional de reconstrução mamária

Marília terá cirurgias em mutirão nacional de reconstrução mamária

O serviço de cirurgia plástica da Famema (Faculdade de Medicina de Marília) vai participar em mutirão nacional da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica para reconstrução mamária enm pacientes que precisaram retirar um ou os dois seios (mastectomia) em decorrência do câncer mamário. Segundo a assessoria de comunicação do Complexo Famema, a cidade terá oito pacientes beneficiadas, número na média de cirurgias no interior do Estado.

O trabalho é todo voluntário, tanto dos médicos quanto custos do hospital. Além dos médicos – entre cirurgiões plásticos e anestesiologistas -, enfermeiros e até residentes participam do trabalho.

O mutirão deve atender 842 mulheres passem pelas salas de cirurgia de cerca de cem hospitais nos 16 estados participantes. Além de Marília, outros 16 hospitais do Estado participam. Em todos eles serão 211 cirurgias – 50 na capital. Não foram divulgados números de cirurgias na cidade. 

A escolha das pacientes que farão a reconstrução da mama começou a ser realizada em junho. São mulheres que estavam na fila de espera da rede pública e que não possuem plano de saúde que cubra a cirurgia.

Após a seleção inicial, foram realizados atendimentos ambulatoriais e avaliação médica. As pacientes que por algum motivo possuíam contraindicação para a cirurgia, como por exemplo, mulheres que ainda estão passando por quimioterapia, radioterapia, ou estão em acompanhamento da doença, não têm a liberação do mastologista ou que não estão bem do ponto de vista clínico.

Depois dessa etapa, as mulheres realizaram exames pré-operatórios e as selecionadas farão as cirurgias na próxima semana, entre os dias 24 e 29 de outubro.

O câncer de mama é o tipo da doença mais comum entre as mulheres no mundo (1,7 milhões de mulheres acometidas por ano). No Brasil, o número de casos corresponde a 25% dos casos novos da doença a cada ano.

Segundo a SBCP, toda paciente com câncer de mama que teve a mama retirada total ou parcialmente em decorrência do tratamento, tem o direito de realizar cirurgia plástica reparadora.

“Por lei, tanto o Sistema Único de Saúde (SUS) como os planos de saúde privados são obrigados a realizar essa cirurgia. Pelo SUS, a cirurgia de reconstrução de mama deveria ser realizada no local do tratamento do câncer de mama e, prioritariamente, ao mesmo tempo. Porém, na realidade, mulheres chegam a esperar até 10 anos para realizar o procedimento”, diz a entidade