Marília deve ter pelo menos dois ônibus com servidores em São Paulo nesta terça-feira para participar de protestos e pressionar deputados estaduais a rejeitar a proposta de Reforma da Previdência no Estado, e manifestações que vão afetar escolas e podem prejudicar aulas na cidade. A Assembleia Legislativa fará a votação em segundo turno da reforma, já aprovada em primeiro turno.
Convocações nas redes sociais indicam saída de dois grupos de servidores na cidade. A Apeoesp, sindicato dos professores estaduais, marcou saída de um ônibus na noite desta segunda, em frente à sede da entidade na avenida Santo Antonio.
Nesta terça pela manhã deve sair da cidade outro ônibus, com servidores da Justiça, Famema e outras entidades estaduais, além de servidores municipais.
As mensagens indicam ainda a paralisação de dezenas de professores e servidores de escolas estaduais. Alguma escolas podem ter paralisação total de professores.
A lista divulgada nas redes sociais aponta envolvimento de dezenas de professores em praticamente todas as unidades de ensino na cidade.
As manifestações também devem envolver pressão para que deputados da região votem contra o projeto. Na votação em primeiro turno, a gritante maioria dos parlamentares da região ou bem votados em Marília estiveram alinhados com o governador João Doria a favor do projeto.
Segundo o servidor municipal Marcos Aurélio dos Santos, o Marquito, do Sindicato Municipal da categoria, os manifestantes devem pedir especialmente posição do deputado estadual e ex-prefeito de Marília Vinícius Camarinha.
Filiado ao PSB, que liberou a bancada, Vinícius votou a favor da reforma no primeiro turno. Marquito disse que os servidores municipais entraram na mobilização também para preparar resistência às reformas em Marília.
“A crise da previdência, o rombo na previdência, sempre esteve mais ligado ao calote de repasses patronais, mas os governos insistem em jogar o ônus para o trabalhador e por todas as informações já divulgadas haverá perdas também em Marília”, disse.