A mariliense Patrícia Ferrini Rodrigues, que já acumula experiência de atuação na Nasa (Agência dos Estados Unidos para pesquisa espacial) durante o doutorado e como consultora da ONU (Organização das Nações Unidas) lançou uma novo desafio pessoal e fundou o Ferrini Art Institute, um Instituto Internacional que se propõe a trabalhar com a temática de sustentabilidade de uma maneira bastante inovadora.
Desafios são a marca na atuação de Patrícia. Abandonou a cidade e o curso de Medicina na Famema para cursar Ciências Moleculares na USP (Universidade de São Paulo), considerado o curso mais complexo do país. Radicada na França, lança novo projeto com espaço para iniciativas culturais e artísticas, alguns desenvolvidos até mesmo em realidade virtual.
O projeto já chegou à cidade. Na cidade, o Instituto já começou a atuar. Recebeu uma menção honrosa da Câmara em iniciativa do vereador Zé Luiz Queiroz, e a mariliense Daiana Crepaldi desenvolve toda a produção de material audiovisual e comunicação com apoio.
O Instituto também apoia o Coletivo de Mulheres de Marilia, coordenado pela psicóloga e docente Camila Mugnai Vieira em conjunto com outras mulheres, o qual irá realizar o primeiro Curso de Formação para Mulheres na Política no mês de fevereiro.
Para o projeto que o Instituto tem em arte e feminismo, foi feita uma parceria com o Grupo Elza Soares, um grupo de estudos de enfrentamento à violência de gênero sediado na Faculdade Assis Gurgacz- FAG, em Toledo-PR e coordenado pela mariliense Camila Ricci, advogada e membro do conselho de ética da OAB do Paraná.
“Temos mantido contato com várias marilienses empreendedoras. Ainda estamos começando, mas as possibilidades são infinitas. Creio que ajudar a minha cidade é uma forma de retribuir o acolhimento que recebi durante minha infância e adolescência”, comentou Patrícia.
Ela conta que o Instituto é um convite para a ação desde o nome e identificação visual.
“Além de ser uma homenagem ao meu avô, Vicente Ferrini, cuja família veio da Itália, o logotipo foi pensado para preservar essa relação. FA’ em Italiano significa ‘Do it,’ “faça”! É um convite para que todos nós façamos algo por problemas muito grandes que enfrentamos como humanidade e que não podemos deixar somente nas mãos dos governos”, conta.
Patrícia explica que a ideia é antiga, reúne muitos anos de experiência na área de sustentabilidade, uma paixão pelas artes e a experiência diplomática internacional adquirida na ONU, além de poder alinhar o Instituto ao que a própria ONU está fazendo para se comunicar.
A fundadora explica que o objetivo do Instituto é realizar projetos internacionais e multidisciplinares, os quais ocorrerão com a interação on-line. Já os projetos físicos poderão ser realizados em vários países.
“Temos por exemplo um projeto para fazer um documentário com refugiados que chegam à França a partir da Itália caminhando pelas montanhas geladas. Outro lidando com a polarização política crescente no mundo. Outro que lida com a obra da principal artista feminista viva na atualidade.”
O instituto envolve ainda parcerias com Universidades, Centros Culturais, Institutos Internacionais, entre outros, para construir projetos voltados para o desenvolvimento e comunicação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável idealizados pela ONU.
Escolheu arte pelo poder de comunicação e compreensão que ela envolve. “As artes se comunicam com outras áreas do cérebro, elas nos tocam mais profundamente. E assim a ONU decidiu investir nesta via e eu também. Incluindo artes imersivas e construídas em realidade virtual”, disse Ferrini.