Marília

Mariliense leva estudo sobre Cascata para Unesp e público pode ajudar em pesquisa

Mariliense leva estudo sobre Cascata para Unesp e público pode ajudar em pesquisa

Mariana Carvalho Dias, 23 anos, mariliense que é aluna do 5º ano de Arquitetura e Urbanismo da Unesp em presidente Prudente, desenvolve projeto de conclusão de curso com estudos sobre ocupação, uso e destinação na região da represa Cascata, de Marília, e pretende levar as propostas a conselhos e técnicos da cidade.

O trabalho envolve uma pesquisa junto à comunidade com avaliação sobre a frequência na região, percepção dos moradores sobre o espaço, suas vantagens e deficiências. Para participar basta preencher o formulario disponível na internet.

“É um espaço da cidade que atrai as pessoas, mesmo não tendo muita infraestrutura para comportá-las. Desejo entender como elas veem o espaço, se elas frequentam ou não e o que as leva até lá, quais problemas existem atualmente na Cascata e o que elas desejariam que tivesse no local”, diz Mariana.

Ela lembra que desde 1995 existem projetos de Parque para serem desenvolvidos próximos à represa, mas eles nunca saíram do papel. Diretrizes para um novo modelo para ocupação da área estão também no Plano Urbanístico Diretor de 2006, que foi revisado em 2021.

Estudante de arquitetura, Mariana Carvalho leva pesquisa sobre Cascata para Unesp de Prudente

“É possível perceber a potencialidade que esse espaço abriga para ter uma área de convívio pública, o que resta é sua efetivação”, explica. Mariana lembra ainda que a Secretaria de Planejamento Urbano desenvolveu um projeto de Parque, mas busca uma nova abordagem.

“Acredito que há chances de ser elaborado, mas eu, como acadêmica, quero buscar entender, bem como planejar a partir do meu Trabalho Final de Graduação, um cenário diferente do que está sendo proposto atualmente. Desejo pensar e propor o desenvolvimento dessa área com a ajuda das pessoas, a partir de suas opiniões e desejos, porque, no fim, os usuários do espaço e do projeto serão elas.”

Ela pretende levar seu estudo ao Codem (Conselho de Desenvolvimento Estratégico) e ao Conselho Municipal de Habitação e Política Urbana de Marília, órgãos que estiveram à frente da revisão do Plano Urbanístico Diretor em 2021.

“Acredito que todo estudo pode contribuir de alguma forma e tentarei apresentar para eles os meus resultados.”

Ela destaca a onda de crescimento de condomínios fechados na região, o que implica diversas consequências para o entorno, para os cidadãos, bem como para a natureza local.

Proposta do Parque Cascata desenvolvida pela Secretaria de Planejamento Urbano

“As nascentes, os córregos e as cachoeiras, bem como a represa em si, que é um manancial importantíssimo para a zona leste, sofrem com a urbanização que vem chegando no espaço. Então, todo esse cenário me motivou a buscar e a pensar num planejamento para a área, tanto urbano, como ambiental”, disse.

Ela defende novos modelos de desenvolvimento urbana, que possa atende tanto as pessoas quanto cuidados e integração ambientais. “A natureza deve nos mostrar como produzir cidades, como nos adaptar a ela, e não o contrário.”

Mariana diz ainda que a atuação tanto em arquitetura quanto em urbanismo são indissociáveis. “Quero poder permear entre as duas. Planejamento urbano é muito importante e é um dever, como cidadã, contribuir para a qualificação dos espaços e da vida urbana, por isso quero estudar e me empenhar nessa parte também.”