Marília

Marilienses enfrentam mudança, desabastecimento e voos caros para evitar furacão

Casa do mariliense Edson Mazeto Jr preparada para enfrentar ventos fortes e chuva na Florida – Arquivo Pessoal
Casa do mariliense Edson Mazeto Jr preparada para enfrentar ventos fortes e chuva na Florida – Arquivo Pessoal

Marilienses que vivem ou estão em passagem pelos Estados Unidos começam a sofrer na pele as preocupações, dificuldades e transtornos de deslocamento para evitar problemas com a passagem do furacão Irma, que deve chegar ao país no domingo.

O maior furacão já formado no oceano Atlântico, começa a espalhar danos e mortes nas ilhas do Caribe por onde passa. Classificado com nível 5, maior para este tipo de tempestades, o furacão provoca ventos de até 300km/h, seguidos de fortes chuvas.

Edson Antonio Mazeto Junior vive com a esposa Isabela Mazeto e duas filhas pequenas em Boca Ratton, à beira do oceano, na Flórida. Nos últimos dias enfrenta dificuldades para compras básicas, como alimentos e água.

Segundo sua mãe, Marília Mazeto, Edson informou que os preços subiram muito e está difícil encontrar os produtos. Prateleiras em supermercados estão vazias.

Edson e a esposa adotaram uma medida mais radical na madrugada desta sexta-feira: prepararam toda a casa para conter da melhor forma possível estragos do vento e chuva, criaram estoque de alimentos e produtos essenciais para 15 dias e saíram. Vão procurar um hotel para ficar o mais longe possível.

O mariliense Edson vive nos Estados Unidos há três meses. “Ele estava com seu filho Enzo, do primeiro casamento, passando uns dias. Deveria embarcar de volta no sábado, mas com muita dificuldade e angustia conseguiu voo nesta madrugada e o Enzo ja esta no Brasil. Uma angústia  para nós”, conta Marília.

Além do cancelamento de dezenas de voos, os passageiros que tentam deixar a Florida enfrentam novo transtorno: os preços explodiram. Há relatos de passagens com custos triplicados. Miami, que deve ser muito afetada pelo furacão, é base de escalas e troca de voos para muitas viagens de saída e chegada do Brasil. Mas os voos são seguidamente cancelados.

A empresária Darlene de Pádua Spila, diretora do Ciesp que está nos Estados Unidos, deveria passar por Miami nesta sexta, com chegada de Ohio e saída para o Brasil. Mas os voos foram cancelados.

“Aqui em Nevada está tudo tranquilo, longe da passagem do furacão mas o transtorno para quem ia por Miami. Não recebi nenhuma notificação da Cia aérea, procurei no site. Tentei comprar nova passagem e a informação era de que só teria disponível para o dia 13 de setembro”, conta.

Com a ajuda do filho, fez a compra de passagem pela internet. Achou bem mais caro e até finalizar a transação o preço triplicou.

Denise e Otávio Décio, que moram em Ocaee, no interior da Flórida, ainda não receberam qualquer orientação de mudança. Depois de pedir – e receber – muitas orações a amigos, disse que a família está bem e sua cidade ainda não é considerada área de risco máximo.

“Vai haver vento muito forte e pode danificar algumas partes da casa (furacão de intensidade 3). Moramos em um sobrado e a parte debaixo da casa é reforçada e mais segura. Entao acredito que vamos estar seguro. Obrigada pelas oracoes e continuem orando pq vai ser uma tempestade muito feia.”