Estudo realizado pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) em parceria com a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), o Hospital Alberto Urquiza Wanderley e a SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia), indica que o número de mortes por doenças cardiovasculares aumentou até 132% no Brasil durante a pandemia. Antes, doenças do coração já eram a principal causa de morte no país.
Para o médico cardiologista responsável pela Hemodinâmica do HBU (Hospital Beneficente Unimar), Ricardo Tofano, essa informação confirma a preocupação dos profissionais em relação ao tratamento destes pacientes durante a pandemia. Tofano constatou, no hospital de Marília, que houve uma retração no cumprimento das consultas destes pacientes, durante a pandemia.
Ele apontou que as pessoas com problemas cardíacos faze parte do grupo de maior risco da covid-19 e por medo muitos deixaram de fazer as consultas e seguir com o tratamento.
“Muitos pacientes deixaram de fazer as consultas regulares, os acompanhamentos e até cirurgias, com medo da doença. Mas é preciso destacar todos os cuidados que o HBU dispõe, para garantir que não haverá qualquer contaminação pelo novo coronavírus”, ressalta o médico.
Tofano alerta ainda que é de fundamental importância manter o acompanhamento e o monitoramento do quadro de saúde dos cardiopatas. “É um problema que não pode haver descuido, em momento algum. E agora, durante a pandemia, esse cuidado deve ser redobrado, pois a covid-19 é uma doença que influi decisivamente no óbito das pessoas portadoras de doenças cardíacas”, relatou.
ESTRUTURA
Ricardo Tofano reforça os cuidados que foram adotados pelo HBU para o atendimento dos pacientes com covid-19 e as demais pessoas que estão sendo atendidas devido a outros problemas de saúde. “Tudo foi preparado para garantir o isolamento total dos pacientes de covid. Não há o menor risco de contágio pela doença, quando o paciente é atendido em outras dependências do hospital, como a hemodinâmica”, relatou.
O médico faz um apelo aos pacientes, para que mantenham contato com seus médicos, para retomar o acompanhamento, fazer os exames regulares e, se for o caso, cumprir com o agendamento das cirurgias. “A sobrevivência ao problema do coração e à covid depende exclusivamente do paciente seguir com seu tratamento. É fundamental que não haja descuido em relação a essas questões”, finalizou o médico.