Mês da inclusão em Marília orienta e mostra força de mães; veja como apoiar

Mães da inclusão apresenta trabalho de associação de mães
Mães que viraram ativistas mostram força da união em programa para mês da inclusão

Marília - A partir desta terça-feira, dia 1, Marilia recebe extensa programação para mês de inclusão e conscientização com seminário que une profissionais e sociedade para aprender e explicarmais sobre autismo e neurodivergências.

É também um evento com organização e protagonismo de um grupo de mães que vivem condições atípicas no cuidado com os filhos. Mostra à toda cidade a Amandim (Associação de Mães de Autistas e Neurodivergentes de Marília).

O evento já criou uma rede de apoiadores com marcas, autoridades e profissionais. Mas o seminário e a associação precisam de mais. Você pode ajudar em contato pelo Instagram – @amandim.marilia – pelo WhatsApp 14996125255. Também é possível fazer doações pelo PIX com a chave de email [email protected].

“Vai ajudar na conscientização. Iremos levar um pouco do conhecimento, pois o espectro é algo imenso para que todos possam entender a verdadeira inclusão, o conhecer para incluir”, explica Caroline Camilo, 37 anos, uma das fundadoras da associação.

Mês da inclusão

Quer mostrar aos profissionais em educação, saúde e acolhimento que as mães e filhos precisam de apoio. E que elas estão dispostas a ajudar. O dia 26 em especial é todo do seminário.

Caroline com o marido, Rogério, e a filha, Duda: mês de inclusão mostra força de associação de mães em Marília

Servidora pública da educação – atua como auxiliar de desenvolvimento escolar – é casada com Rogério e mãe da Maria Eduarda, 5 anos. Agora também é ativista e organizadora do seminário e mais projetos de inclusão.

“Vejo o dia 26 como algo inspirador. Um dia todo voltado para adquirirmos conhecimentos, experiências, que os profissionais vão poder colocar em prática no dia a dia. O número de autista em salas de aulas vem crescendo, E os professores precisam desse apoio.

Marília tem extensa programação no mês da inclusão

Ganhou apoio de autoridades, como os vereadores Vania Ramos, Delegado Damasceno, Delegada Rosana Camacho e Guilherme Burkão. A associação nasceu com respaldo na Câmara quando o ex-presidente do Legislativo, Eduardo Nascimento, abriu as portas do espaço. Espera atrair outros.

Associação de mães

Mas não acaba em abril. A Amandim, ganha importância na vida de muitas famílias e a ideia é fazer mais com muitos sonhos e projetos já nos papéis.

Uma história que começou para Carol quando Duda nasceu. Sentiu que a bebê era diferente. Com 53 dias de vida Duda passou por uma cirurgia para corrigir estenose hipertrófica do piloro, condição que compromete o aparelho digestório.

“Aos seis meses já comecei ver atrasos, mas colocava a desculpa nessa cirurgia. Com oito meses começamos a fazer fisioterapia e terapia ocupacional. Sabia que ela tinha algo, mas não queria aceitar nenhum diagnóstico, tive um momento de negação, parei todas as terapias dela.”

Caroline e Duda: informação ajuda e mês de inclusão reúne mães em Marília

Aos três anos a família recebeu o diagnóstico do autismo, logo em seguida da epilepsia. Em abril de 2024, fecharam o diagnóstico de uma doença genética rara, a síndrome Cornelia de Lange. “Foi mais um medo, buscar informações sobre o que seria essa condição rara.”

Acumulou experiências positivas e negativas. “Senti raiva, me questionei. E aí comecei a buscar informações, tive uma depressão, mas entendi que precisava aceitar.”

Caroline não passa pano para o quadro e desafio das mães. E ressalta importância de ter informação.

“Dói, dói na alma nos preparamos para uma maternidade típica e de repente nos vemos tendo que aprender. Eu luto, pelo amor que sinto pela minha filha, quero ser porta voz dela enquanto ela não pode se comunicar. Então deixo um recado, aceite, busque informações.