Assembleia realizada na manhã desta sexta-feira (19) com aproximadamente 150 trabalhadores aprovou proposta de paralisação das atividades na metalúrgica Ikeda Empresarial, no Distrito Industrial de Marília, a partir de segunda-feira. O Giro tentou localizar os dirigentes da empresa mas não conseguiu. A versão da Ikeda será divulgada assim que a empresa faça contato
A medida será tomada como resposta ao forte no fornecimento de refeições na empresa. O corte foi uma medida de contenção de gastos e uma das formas de a empresa gerenciar retração na economia sem cortar trabalhadores ou atividades.
“O que ficou decido na assembleia de hoje é que os trabalhadores vão utilizar a greve para buscar esse beneficio. Vamos aguardar uma posição da Ikeda, no sentido de sentar e negociar até às 7h de segunda-feira”, disse o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Marília e Região Irton Siqueira Torres.
A concessão desse beneficio não consta em convenção ou acordo coletivo de trabalho entre empresa e sindicato, mas que é feita há oito anos de forma ininterrupta. Segundo o sindicato, o longo prazo transformou o benefício em direito adquirido e não pode ser cortado “sem dar explicação a ninguém”.
“Nós já tentamos de todas as formas buscar um entendimento junto à direção da empresa. Mas eles recusam até a protocolar pedido de reunião por parte do sindicato”, afirmou.
A Ikeda foi fundada em 1945 e produzia inicialmente apenas equipamentos agrícolas. Com o tempo desenvolveu linhas de aparelhos para churrasco, com sistema giragrill, e linhas de alta tecnologia com equipamentos de home theater;
Na semana passada o sindicato já provocou paralisação na Estruturas Metálicas Brasil e divulgou que pelo menos duas empresas na região tem salários atrasados com possibilidades de protestos.