Marcelo José da Silva, 45, metalúrgico, casado e pai de um menino de 12 anos é mais uma vítima da dengue em Marília. Ele faleceu na noite de quarta-feira (18) no Hospital de Clínicas 12 dias depois de ser internado com sintomas da doença. Faria 46 nesta sexta-feira, dia 20.
Ele foi a segunda vítima da dengue na cidade nesta semana. O menino João Renato Mendes Neto, 14, faleceu na terceira em consequência da doença. Segundo a família, Marcelo nunca teve dengue, apresentava quadro clássico da doença.
O metalúrgico foi atendido na rede municipal no dia 5, uma quinta-feira. No dia 6 foi ao HC, onde ficou internado. Passou o final de semana no hospital, saiu na segunda-feira, dia 9.
Ficou duas horas em casa e voltou com um infarto. “O resgate conseguiu reverter. Já chegou e foi para a emergência”, conta o irmão, Maurício Luís da Silva, 51.
Segundo Maurício, o quadro de saúde do metalúrgico agravou-se e ele foi para UTI. “Três dias depois dele na UTI é que saiu a sorologia confirmando a dengue”, conta o irmão. Os rins ficaram comprometidos. Os pulmões também.
“Não se sabe o que provocou a parada cardíaca na segunda-feira. Os médicos esperavam ele reagir ao tratamento para fazer um check list.” Na sexta-feira, dia 13, a equipe médica cortou os sedativos, mas Marcelo já não apresentava reação.
Faleceu às 20h da quarta-feira de cinzas. Segundo seu irmão, o atestado de óbito indicou choque séptico, insuficiência renal, infecção no trato urinário e dengue. O metalúrgico morava no Jardim Acapulco, na zona oeste de Marília, ao lado do Campus Universitário. Maurício, o irmão, é funcionário do HC e acompanhou o irmão.
Foi ele quem levou Marcelo para casa, quando ele teve alta no dia 9. “Levei às 14h, às 16h ele estava de volta.” O filho de 12 anos foi quem percebeu o mal estar do pai. “Ele viu os pés branquearem, perder a cor de repente, ligou pra mãe.”