O ministro da Saúde, Arthur Chioro, disse hoje (23) que pedirá “prioridade, mas tomando todas as medidas de prevenção”, caso receba pedido para análise do registro da vacina contra dengue desenvolvida pelo Instituto Butantã.
Chioro comentou uma fala do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, anunciando que pretendia pedir autorização à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para que a vacina – que está em fase de testes – seja aplicada na população. O país todo vive evolução da doença, que atinge muitas cidades no estado.
Marília deve chegar nas próximas horas ao registro de dez mil casos oficiais na maior epidemia da doença já enfrentada pela cidade. O número, atualizado de forma permanente em portal da Prefeitura, começou o dia na casa dos 9.500 e chega a 9.849. O número oficial de mortes segue congelado: seis confirmadas, oito em análise.
O ministro disse que não recebeu o pedido, mas que se chegasse tomaria a iniciativa de pedir prioridade à Anvisa, a quem caberia analisar a solicitação e determinar se há segurança para o uso na população.
Segundo ele, a vacina está na segunda etapa de testes clínicos. Tradicionalmente, o procedimento determina uma terceira etapa, envolvendo contingente maior de pessoas para verificar possíveis efeitos colaterais.
De acordo com Arthur Chioro, as vacinas produzidas até o momento (12 mil doses), mesmo que eventualmente chegasse a ser liberada, não seriam suficientes para uso geral no estado de São Paulo, que sofre com o avanço da dengue. Este ano foram registrados 196 mil casos e 67 mortes em decorrência da doença.