Quase 45 dias depois das buscas e prisões a pouco mais de uma semana das eleições começaram a circular em redes sociais na noite de ontem documentos que indicam detalhes das buscas e mandados da Operação Miragem.
A operação surpreendeu a cidade no dia 10 de agosto com série de medidas para investigar cinco crimes a partir de dados sobre a venda da CMN (Central Marília Notícias), que controla as rádios Diário FM e Dirceu AM – lacradas – e o jornal Diário de Marília.
Os documentos mostram que a Polícia Federal esteve no gabinete do prefeito Vinícius Camarinha, na Central de Licitações da cidade, que funciona na rua Carlos Gomes, e em dez endereços ligados ao prefeito, a seu pai, o deputado estadual Abelardo Camarinha, e familiares.
Pelo menos seis dos endereços são indicados nos documentos como residências usadas por Camarinha e Vinícius em Marília e São Paulo. Os papéis mostram ainda a indicação dos nomes e CPFs dos cinco alvos de mandados de prisão.
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O processo continua em segredo de Justiça e nem pode ser acessado pelo portal do Tribunal. A única indicação oficial do caso, que diz respeito à uma investigada em Ribeirão Preto, mostra que o processo está com a Procuradoria da República.
Assim como os documentos, a investigação toda segue em sigilo mas circulam informações sobre novos depoimentos de testemunhas – e investigados – na Polícia Federal em Marília. Os depoimentos envolvem testemunhas, indicados e investigações sobre a Central de Notícias e sua relação com grupos políticos.
Por orientação jurídica, em função do sigilo judicial decretado no processo e em estrito respeito às leis vigentes no Brasil, o Giro Marília não vai publicar os detalhes revelados nos documentos.
