Marília

Moradores reclamam de morcegos em casas; saúde orienta

Moradores reclamam de morcegos em casas; saúde orienta

Uma publicação de uma professora residente no jardim Portal do Sol, na zona sul da cidade, deu início a uma série de relatos sobre aparecimento de morcegos na região urbana de Marília.

Com as mensagens, os moradores divulgam pedidos de controle, mas segundo a secretaria da Saúde a adoção de medidas esbarra em situações de difícil intervenção, que vão desde proteção legal até importância ambiental dos animais.

Segundo o relato da professora, “quase todas as noites” aparecem morcegos, muitas vezes rastejando pelo quintal ou em alguns casos invadindo a residência. A moradora, como outros relatos, teme acidentes com pessoas da casa, diz que muitas vezes é obrigada e ficar com a casa toda fechada e que já pediu apoio do poder público

A publicação provocou manifestações de pelo menos quatro moradoras de diversos bairros com relatos sobre a aparição e preocupação com os morcegos.

Alguns dos relatos foram transformados em críticas políticas, mas houve também manifestações em defesa dos animais, uma postura que acompanha orientações técnicas.

Segundo o coordenador do setor de Zoonoses da Secretaria da Saúde, Lupércio Garrido, os morcegos combatem insetos, ajudam a disseminar florestas e são protegidos por lei federal, o que impede ações de abates e agressão.

Garrido explica que os animais são muito ativos no verão e vêm à área urbana em busca de alimentos. “Temos com a degradação ambiental uma carência de alguns alimentos”, explica.

O coordenador pede vigilância e orienta ter cuidado especial para evitar contatos de pets que atacam os morcegos nos quintais e diz que todos os casos de animais caídos e doentes devem ser notificados. “A melhor coisa que se tem a fazer é procurar a Zoonoses para que a gente possa fazer orientações adequadas.” O contato pode ser feito pelo telefone 3401-2054.

Lupércio Garrido explica que a aparição em casas podem envolver diferentes situações, que vão de doenças, acidentes, busca de abrigos, chuvas ou ventanias repentinas.

Há espécies que podem se abrigar em forros, árvores ocas, espaços em edificações que garantam espaço durante o dia. Para todos os casos, o setor de zoonoses atua com orientação, mas não dispõe de políticas de eliminação como ocorre com pragas urbanas.