Marília

Morte no Motel - Defesa pede libertação de coronel, questiona perícia e sustento da família

Morte no Motel - Defesa pede libertação de coronel, questiona perícia e sustento da família

O advogado Aryldo de Oliveira de Paula, 51 anos, apresentou ao Tribunal de Justiça um habeas Corpus para libertação do coronel da reserva da PM Dhaubian de Braga Brauioto Barbosa, preso desde novembro de 2021 pela morte de Daniel Ricardo Silva no Motel Fênix de Marília.

O documento repete alguns dos argumentos já apresentados à Justiça em Marília e aponta ainda contradições na perícia do local e necessidade de retorno do coronel às suas atividades financeiras para manutenção da família.

“A defesa entende que a prisão é ilegal e desnecessária, vez que o coronel solto não afetará as provas já produzidas em juízo, além das perícias já terem sido realizadas”, disse o advogado ao Giro Marília.

Um dos pontos do documento apresenta fotos do local onde foi encontrada uma pistola .40 que pertencia à ex-companheira de Dhaubian, a policial Adriana Luiza Silva, e questiona a perícia técnica.

O laudo apontou que a posição da pistola no local indica que ela foi colocada por alguém. A defesa apresentou foto feita antes da perícia por uma testemunha com a arma em posição diferente.

“Quando a foto foi feita o coronel já não estava mais no local dos fatos. A perícia chegou após. É possível afirmar de que o local foi violado por pessoas desconhecidas, no que se refere a arma”, diz o Habeas Corpus.

O advogado argumenta ainda que o coronel não oferece risco à produção de provas, tem endereço e empregos fixos e é réu primário com bons antecedentes.

O documento afirma ainda que o coronel é pai de quatro filhos e responsável pelo sustento da família, pagamento de faculdade e moradia para filhos maiores, cuidados com uma filha menor, todos sob sua guarda. Dhaubian é construtor e sócio em quatro motéis.

“Os negócios do paciente estão indo à ruína, pois os filhos não tem condições de conduzir os negócios, sofrendo imensuravelmente as condições do cárcere, que frise-se, não estão sendo acusados de crime algum. É de se dizer que os filhos estão passando por dificuldades emocionais e financeira, isto em razão da inaptidão de conduzir as empresas e negócios.”

O Habeas corpus foi cadastrado nesta quinta-feira e direcionado à 5ª Câmara Criminal, que já analisou o caso, e ao desembargador Tristão Ribeiro.