Marília - O processo que apura a morte do técnico agrícola Hamilton Ribeiro Júnior no rodeio de Marilia recebe novos laudos sobre a vítima, o atirador e a arma usada.
Os documentos analisam a condição da morte de Hamilton e a saúde do policial militar Moroni Siqueira Rosa, autor dos quatro disparos. E apresentam exame balístico sobre a arma da Polícia Militar que ele usou durante a festa.
Os documentos relatam análise médica em novembro e mostram que o soldado Moroni está apto para atividades e sem lesões graves.
Ele sofreu uma tentativa de linchamento, com algumas lesões, após os disparos na festa cheia de público.
O policial relatou problemas como “cefaléia ocasional quando deita do lado direito”, além de tonturas ocasionais e aumento de sensibilidade à luz e ao som.
Mas o laudo aponta “bom estado geral” e destaca que Moroni nega lesões recentes, anda sem auxílio e está lúcido e orientado,
A conclusão do documento é que o soldado apresentou lesões corporais leves que não resultam em risco para vida ou mesmo incapacidade por mais de 30 dias. Também descarta enfermidade incurável ou incapacidade para trabalho.
Cumpriu prisão com custódia policial e algumas cirurgias em Marilia antes de seguir para o presídio Romão Gomes, destinado a militares, em São Paulo.
Moroni vive em Marília mas atuava na Polícia Militar em Bauru. Estava no show com a esposa e a filha, usava a arma da PM, e fez os disparos a poucos metros do palco.
Novos laudos sobre vítima
O laudo complementar repete que Hamilton morreu vítima da hemorragia pelos ferimentos. O primeiro citado é um disparo que atingiu o técnico pelas costas. A bala saiu pelo peito.
O caso teve ainda uma bala perdida que atingiu duas pessoas com ferimentos. Os laudos não tratam desta situação.
A cantora Lauana Prado, que estava em apresentação, parou o show e deixou o local logo após os disparos. Hamilton faleceu antes de chegar ao hospital