A decisão da prefeita de Bauru, Suéllem Rossim, em contrariar o governo do Estado e abrir lojas, bares e restaurantes ganhou um apoio de peso: o promotor de Saúde Pública da cidade, Enilson Komono, defende a medida e acusa o Estado.
Em uma entrevista ao Jornal da Cidade de Bauru, o promotor disse que o índice usado pelo Plano São Paulo na classificação é “enganoso” e que o Estado foi negligente com falta de leitos.
“Muito ao contrário do que o governo discursa, o Estado diminui os leitos e corta as subvenções. E as cidades é que têm se virado para custear alguns leitos. A minha posição, portanto, é de apoio à decisão do município, de decretar, segundo suas peculiaridades”, disse.
A avaliação contraria uma interpretação da Procuradoria Geral de Justiça, órgão máximo do Ministério Público, que orientou prefeitos a obedecer regras estaduais sob risco de medidas judiciais.
A decisão da prefeita em Bauru virou inspiração para outras cidades e para uma onda de pressão em Marília, que segue à risca as restrições e enfrenta críticas de empresas e trabalhadores dos setores fechados.
“Eu entendo que esse índice, que é utilizado pelo Plano São Paulo, é completamente enganoso, e não é justificável para classificar o DRS-6 como faixa vermelha, principalmente porque isso decorreria da própria negligência do Estado, que não fez seu dever de casa nos dez meses da pandemia”, afirmou o promotor ao JC.
Acesse a íntegra da reportagem do JC