Marília

MPF cobra punição por mortes na ditadura; lista de vítimas tem nome de Marília

MPF cobra punição por mortes na ditadura; lista de vítimas tem nome de Marília

Uma ação proposta pelo Ministério Público Federal pede que a Justiça declare a responsabilidade civil de 42 ex-agentes da ditadura militar por ligação com a morte ou o desaparecimento forçado de opositores do regime.

O pedido inclui uma lista de 19 vítimas e entre elas Francisco José de Oliveira, morto em 5 de novembro de 1971 em São Paulo. Ele nasceu em Cabrália e relatos de moradores mostram que passou anos da juventude e estudos em Marília.

Francisco José de Oliveira nasceu em 5 de abril de 1943, em Cabrália (SP). Filho de Olívio Oliveira e Maria das Neves Temafela Oliveira. Mudou para São Paulo para estudar e após o golpre de 1964 passou a atyuar em organizações de resistência e enfrentamento ao governo militar.

Escapou de um cerco em 1969 e em 1971 foi identificado em uma lanchonete na avenida Turiassú, no bairro de Pompéia, em Sâo Paulo. Foi relacionado entre presos políticos mortos que tiveram despejos colocados em uma vala comum no cemitério de Perus, na grande São Paulo, encontrado no final dos anos 80.

Francisco, aparece ao lado de mortes com grande repercussão, como a do jornalista Vladmir Herzog, morto sob tortura em que caso que ficou famoso por uma montagem fraudulenta de suicídio.

Já a lista de acusados tem 26 ex-integrantes do Destacamento de Operações de Informação – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi) do II Exército e ex-servidores do IML (Instituto Médico Legal).

Por ser uma ação de responsabilização civil, inclui herdeiros de todos os acusados. Mas a União e o governo do Estado também estão na lista.

Além da responsabilização, prevê série de medidas de reparação, preservação da memória e esclarecimento da verdade sobre o período da ditadura.

“O Brasil tem obrigação constitucional e internacional de implementar essas providências para afastar a impunidade das violações cometidas entre 1964 e 1985 e impedir a repetição de atos autoritários que atentem contra os direitos humanos e o Estado Democrático de Direito”, diz o MPF.