Marília

Negociação salarial emperra em indústrias de alimentação de Marília

Negociação salarial emperra em indústrias de alimentação de Marília

A negociação salarial para aproximadamente 3500 trabalhadores dos segmentos de frios, carnes, bebidas, usinas de açúcar, rações, sucos e doces de Marília e região emperrou e após dois meses a categoria segue sem definição de reajuste e benefícios.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Marília e Região, os representantes das empresas não manifestaram interesse em fechar acordo. O Sindicato prepara manifestações nas portas de fábricas na cidade e região.

Todas estas categorias com data-base em 1º de maio seguem sem acordo e em boa parte delas os índices propostas não atingiram nem a reposição da inflação.

O sindicalista Wilson Vidotto Manzon diz que não ficou claro se as empresas aguardam aprovações de reformas trabalhistas ou se o impasse é resultado de crise econômica, “o que eu não acredito”.

“Os indicadores mostram que a economia esta crescendo pouco, mas crescendo. Vamos ver se conseguimos avançar nas negociações. Caso não tenhamos êxito, vamos para a porta das empresas e mostraremos aos trabalhadores”, diz o sindicalista.

Até agora nenhum acordo foi fechado. O setor de carne (embutidos) com data-base em 1º de abril ofereceu 4%. Os demais setores têm data-base em maio. São eles: bebidas que ofereceu reajuste abaixo da inflação 3,19% e piso de R$ 1.441,42; setor de frio (abate de animais) ofereceu 3,3%, valor abaixo da inflação e o de suco ofereceu 3% para salário até R$ 6.180,00.

O setor de doces e conservas propôs reajuste de 4% para salário até R$ 5.500,00 e piso de R$ 1.447,60 e o setor de rações propôs 4% até salário de R$ 8.500,00 e piso de R$ 1.400,00. As usinas de açúcar mantém apenas as cláusulas sociais.